“A par desta constatação, e na decorrência do trabalho de terreno levado a cabo pela equipa da Ação Social, foram identificados dois imóveis, sitos na Rua Manuel Fernandes Batista, na Quinta de Santa Bárbara, lotes 66 e 67, em Mafra, que apresentam sinais evidentes de abandono, e que são hoje, um foco de concentração de alguma marginalidade, que urge resolver nesta zona habitacional da vila de Mafra.” [documento da Câmara Municipal de Mafra]
Destes blocos de apartamentos – dois deles ainda por acabar – pensa a Câmara de Mafra vir a poder dispor de 13 apartamentos ou de 18 ou 26 apartamentos, depois de terminada a sua construção e depois de recuperada a parte já edificada.
Como está o concelho sob o ponto de vista social? Quantas famílias se encontram em condições (necessidade) de aceder a este tipo de apoio e em que freguesias se encontram?
Assim, a Câmara Municipal de Mafra vai submeter à Assembleia Municipal, “a autorização da aquisição, ao Montepio Geral, atual proprietário dos dois imóveis […] ambos para alargamento do parque habitacional de gestão municipal, pelo valor de 800.000,00€ […] dado que o proprietário manifestou concordância com a venda nos termos referidos.”
Terminadas as obras, aguarda-se o lançamento dos processos de candidatura, aguarda-se também que seja dado conhecimento público da constituição do júri e dos parâmetros a partir dos quais se procederá à avaliação de cada um dos candidatos e à concessão das habitações.
De notar, que ficam fora deste processo de ampliação da oferta de habitações a rendas controladas, todas as restantes localidades do concelho, pois só a vila de Mafra será beneficiada.
Este negócio entre a Câmara da Mafra e o Montepio irá permitir ao banco libertar-se de “crédito malparado” e ao município, permitirá recuperar um espaço que já há muito tempo devia ter sido devolvido à dignidade urbana. Não foram, no entanto, divulgados dados que suportem a necessidade de dispor, neste momento, destas habitações para uso social. Não se conhecem dados que justifiquem, do ponto de vista social, esta iniciativa da câmara municipal. Como está o concelho sob o ponto de vista social? Quantas famílias se encontram em condições (necessidade) de aceder a este tipo de apoio e em que freguesias?
A solução aqui encontrada pela Câmara de Mafra parece, à primeira vista, adequada, pois visa objectivos de carácter social e soluciona um problema de degradação urbana, há muito a exigir uma intervenção. Estes edifícios degradados tinham já sido alvo de uma reportagem do Jornal de Mafra.
A ser verdade será uma boa iniciativa! Também há prédios de bancos na Malveira que poderiam ser utilizados da mesma forma. Isso sim seria dar bom uso ao nosso dinheirinho,