O Museu da Música instalado actualmente no Alto dos Moinhos, em instalações alugadas ao Metro de Lisboa, vai ter de abandonar este espaço até ao final de 2018 altura em que termina o contrato.
Em 2014, o Governo de Passos Coelho anunciou que o museu seria transferido na sua totalidade para Mafra.
Luís Filipe Castro Mendes, o actual ministro da Cultura terá decidido dividir o Museu da Música em dois pólos. Um dos pólos ficará em Lisboa no Palácio Foz (Restauradores) o outro virá para Palácio Nacional de Mafra.
Segundo a fonte que o Público refere ser “um responsável governamental ligado ao processo de transferência e instalação do museu” esta divisão em dois pólos será de carácter financeiro, mas também por ser manifestamente impossível transferir todo o museu para Mafra até ao final de 2018.
Mafra irá receber o espólio do período barroco e o Palácio Foz o do período romântico.
O mesmo Jornal avança ainda que o Museu irá ocupar dois pisos do Palácio Nacional de Mafra.
“Um primeiro piso albergará a colecção de charamelas reais, ou seja, as fanfarras reais. Este espólio virá do Museu dos Coches. No mesmo piso ficarão instaladas as filarmónicas militares e civis. Em ambos os casos, a exposição incluirá os fardamentos e não apenas os instrumentos e as partituras. Com esse objectivo, a direcção do Palácio de Mafra estaria a fazer a recolha das partituras das filarmónicas.
Em Mafra, um segundo piso acolherá a colecção de instrumentos do barroco, agora em exibição no Alto dos Moinhos. (…) Neste segundo piso será exibido também o espólio de paramentos religiosos da Basílica e os livros de música da Biblioteca do Palácio de Mafra.”
Há alguns meses, o Jornal de Mafra questionou um alto responsável do Ministério da Cultura, que se revelou reticente quanto à transferência para Mafra do Museu da Musica. Apontava então duas ordens de razões. Desde logo razões financeiras, mas também razões técnicas, uma vez que tendo em consideração os índices de humidade de Mafra e as deficientes condições de isolamento térmico do Palácio Nacional de Mafra, a permanência aqui daqueles instrumentos constituiria um risco demasiado elevado para o seu estado de conservação.
Veremos pois o que o tempo nos trará.