Decorreu esta manhã, nas instalações da Proteção Civil Municipal de Mafra, a cerimónia de abertura da Operação Floresta Segura 2019.
Durante 4 dias – um prazo bem curto – uma equipa dos GIPS (militares do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro da GNR) vai estar no terreno a promover ações de sensibilização e a proceder ao levantamento/georreferenciação das situações onde existe a necessidade de realizar ações de gestão de combustível, de modo a que estas situações se encontrem resolvidas atempadamente, ainda no período de menor risco de incêndio.
Esta operação arranca na freguesia de Mafra, mas irá abranger todo o concelho, tendo, no entanto, uma maior incidência na freguesia de Mafra, uma vez que esta freguesia se encontra na lista de freguesias com risco elevado de incêndio, identificadas em janeiro pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
“Estamos todos juntos [GNR, Proteção Civil, bombeiros e Autarquia] para cumprir a missão” referiu Hélder Sousa Silva, Presidente da Câmara Municipal de Mafra, que referiu ainda, “Quanto mais nos empenhamos para que não arda, não arda em época critica, o que acontece é que a carga de combustível também vai aumentando ao longo dos anos e o risco vai também aumentando”. Por isso, o concelho de Mafra já não se encontra “no não arder, nós já não estamos ai, nós já estamos na fase de que deve arder, deve arder de forma controlada”.
Esta operação de floresta segura pretende alertar e apelar aos proprietários de terrenos para a necessidade da limpeza dos mesmos, divulgando os procedimentos do uso do fogo em queimadas e a remoção de matos.
Em 2018, só a autarquia, terá efetuado 2 200 notificações, tendo-se disponibilizado para colaborar, também este ano, nesta “fase critica” do processo, em que é necessário identificar o proprietário do terreno e depois conseguir notifica-lo, o que por vezes se mostra difícil, porque “muitos deles derivam de processos de heranças, que são difíceis de localizar o cabeça de casal e depois de localizado é conseguir notifica-lo” referiu ainda o autarca.
Relativamente às “coimas que poderão advir numa fase posterior deste levantamento, também são um mal necessário (…) não andamos aqui à procura de nenhuma coima, nos andamos á procura de que o território seja limpo (…) esse é que é o nosso objetivo”. As coimas apenas surgem quando os proprietários dos terrenos não “acompanham e acarretam as solicitações” que lhe são dadas no sentido de manter o território limpo.
“O objetivo é comum a todos nós [GNR, Proteção Civil, bombeiros e Autarquia], consistindo em ter um concelho seguro, protegido e uma floresta segura”.
o Tenente-Coronel Alves, 2.º Comandante do Comando Territorial de Lisboa da GNR, deixou como mensagem principal o “forte empenho” da GNR com as entidades locais, tendo afirmado que “esperemos que esta operação tenha resultados” e que no final não “tenhamos situações complicadas, lá mais para o verão”.