Mafra | Na vila ontem foi dia de casamento “Real” [Imagens]

Real Casamento

 

Ocorreu ontem na Basílica do Palácio Nacional de Mafra, o casamento entre Maria Francisca, filha de Duarte Nuno de Bragança, com o advogado Duarte Martins.

Do que se passou no interior da Basílica terá o leitor de indagar junto do único órgão de comunicação social (patrocinador do evento) autorizado a entrar na Basílica.

Instalados no exterior da Basílica, ao sol, no topo da escadaria, ficámos limitados a recolher as imagens dos convidados que entravam na Basílica. Havia um “dress code” comunicado a convidados e jornalistas (aqueles que ficaram no exterior), mas aparentemente, só os jornalistas o cumpriram.

No exterior da Basílica, muitos elementos dos muitos grupos folclóricos contratados pela organização para animar o povo no Terreiro. Como se comprova através das imagens, poucas pessoas se deslocaram para a frente do Palácio para assistir ao evento. Foi penoso assistir à passagem da carruagem “real”, transportando o “rei” e a sua filha nubente, pelas ruas completamente desertas da vila.

As imagens que nos foi permitido recolher mostram alguns dos 1200 convidados. As casas reais de Espanha, Grã Bretanha e dos países nórdicos primaram pela ausência. Presentes estiveram representantes das casas reais da Bélgica, do Liechtenstein, de França, do Luxemburgo, da Áustria, da Bulgária e da Rússia (Grã-Duquesa María Vladimirovna).

Ao evento, o Público chama-lhe “Uma fantasia colectiva com o patrocínio do Presidente da República, presidente do Governo da Madeira, presidente da Câmara de Lisboa“, acrescentamos nós, também com o Presidente da Câmara Municipal de Mafra. Marcaram também presença, políticos ou ex-futuros políticos da direita nacional, casos de Durão Barroso, Pedro Santa Lopes e Pedro Passos Coelho, presentes também, o empresário e dono da TVI, Mário Ferreira, José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes.

Se algo ressaltou deste evento foi o pouco apreço da monarquia pela comunicação social e o mais completo desapego da população relativamente a este evento “real”.

Quiséssemos ser um pouco hiperbólicos e resumiríamos da seguinte forma a distribuição de participantes neste casamento “real” — no interior da basílica esteve a nobreza e o clero, no exterior ficaram os “servos da gleba”.

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