Mafra | Instalação dos órgãos autárquicos ocorreu hoje junto ao palácio [Imagens]

 

Frente ao Torreão Sul do Palácio Nacional de Mafra teve hoje lugar a cerimónia de instalação da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Mafra.

Como é regra neste tipo de cerimónias, dos cerca de 86 mil munícipes, assistiram a esta sessão os empossados e as respetivas famílias, muitos funcionários da autarquia, afinal são mais de mil os munícipes que trabalham para a autarquia, os muitos funcionários que constituíram o staff da cerimónia, entre protocolo, organização e reportagem vídeo, as entidades convidadas, civis, militares e da igreja católica, alguns representantes de clubes, associações, empresas e outras entidades, que de uma forma ou de outra dependem do município, e claro está, alguns, muito poucos munícipes.

Na verdade, dos 67.939 munícipes inscritos só 35.338 (52,01%) votaram nestas eleições, destes, para a Câmara Municipal, 57,43% votaram no PSD e 18,91% no PS, sendo 13.611 a diferença do número de votos entre estas duas forças políticas, 5,70% votaram no Chega (2.014 votos), 4,39% (1550 votos) votaram na CDU, 3,09% (1.091 votos) votaram no PAN,

Relativizados os números, nesta sessão ouvimos pela primeira vez as posições e os anseios do Iniciativa Liberal para o concelho de Mafra fundados sobretudo na necessidade de acompanhar de perto as iniciativas da maioria e no primado do privado sobre o estado, ouvimos o discurso do PS – propondo-se colaborar com o PSD para melhorar as condições de vida no concelho -, da CDU – reafirmando as linhas gerais do seu programa de candidatura -, do PAN – enfoques especiais no ambiente e na qualidade de vida animal -, do Bloco de Esquerda – com declarações genéricas que manifestaram as posições habituais desta força política e com um destaque especial para os 20% de munícipes que não são servidos pela rede de esgotos -, e do Chega, a 3.ª força mais votada, não ouvimos nada, este partido optou por não intervir na sessão.

A José Bizarro, Presidente da Assembleia Municipal, que nas últimas tonadas de posse tem feito discursos bastante afirmativos e programáticos, ouvimos hoje um discurso genérico e conciliador, muito a pensar nas novas forças políticas com que terá de lidar neste período autárquico. Para a história ficou uma referência que fez ao descrédito por que passa a classe política e como marca pessoal, a reincidência na tentativa de restringir ao máximo o tempo de intervenção dos deputados.

Nem de Hélder Silva se poderá dizer que fez o discurso da manhã. Muito comedido e sintético resumiu os feitos do executivo no mandato anterior e olhou para o mandato que agora entra, anunciando novas estradas para a Malveira e para a Ericeira, insistindo no Museu da Música e na adequação do Palácio e da Tapada aos desígnios da UNESCO.

A saída de Fátima Caracol, que só completou um mandato à frente da Junta de Freguesia de Mafra, a saída de Bruno Ribeiro do leque de deputados do PSD, a passagem da União das freguesias de Igreja Nova e Cheleiros, das mãos do PS para o PSD, a entrada do Chega e do Iniciativa Liberal na liça autárquica marcaram também, de alguma forma, esta mudança de mandatos.

 

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