Já abriu o concurso público para a “Instalação de ascensor na Ala Norte” do Palácio Nacional de Mafra.
O Palácio Nacional de Mafra é um dos edifícios culturais nacionais que não é acessível a pessoas com mobilidade reduzida, razão pela qual, a abertura deste concurso de reveste de uma especial relevância.
Tal como foi notícia em diversos jornais da época, em 1866, no Real Paço de Mafra foi instalado um dos primeiros elevadores do país, fazendo a ligação entre o piso térreo e o andar nobre. Este “vaivém” (também apelidado por caranguejola entre as gentes do palácio) construído por ordem da rainha D. Maria Pia de Sabóia, comportava dez pessoas e era manobrado por quatro homens. Este elevador acabou por ser desmantelado, provavelmente, após o final da monarquia.
O tema das acessibilidades ao palácio vem a ser debatido há longo tempo. Em outubro de 2016 foi mesmo alvo de um protesto da Associação Salvador, com o seu presidente Salvador Almeida, a deslocar-se ao Palácio e a oferecer ao seu diretor, um bolo e um postal de aniversário pelo 299.º aniversário do monumento, expressando o desejo de que no seu 300.º aniversário, o monumento fosse já acessível para todos.
Aparentemente, apenas a vinda do Museu da Música para o edifício “acelerou” o processo de tornar o Palácio de Mafra acessível a todos.
A Direção-Geral do Património Cultural pretende agora instalar um ascensor na Ala Norte do edifício, tendo aberto um concurso para esse efeito, cujo valor base é de 195 500,00 €. O Prazo apresentação de propostas termina no dia 2 de agosto.
Após a adjudicação, o seu prazo de execução é de 150 dias.