A Deco Proteste, organização de defesa do consumidor, analisou as tarifas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos incluídas nas faturas de água cobradas aos cidadãos de todos os municípios do país tendo verificado que existe uma gama de preços muito díspar para estes serviços, identificando uma diferença máxima que supera os 400 euros anuais.
A propósito deste estudo, Elsa Agante, Team Leader de Energia e Sustentabilidade da Deco Proteste salienta que é necessário reforçar o quadro regulatório no que diz respeito a regras e princípios de faturação, de modo a reduzir as assimetrias a nível nacional.
“Os serviços de águas são coordenados por numerosas entidades, com dimensão e capacidade financeira distintas, às quais falta um modelo de gestão com regras comuns”.
A Deco Proteste tem disponível um mapa interativo onde é possível saber quanto custa a fatura da água no seu município.
No distrito de Lisboa os preços são os seguintes (abastecimento+saneamento+resíduos sólidos):
“O saneamento (tratamento das águas residuais) apresenta, para 120 m3, um intervalo de variação acentuado de 173 euros, entre Covilhã (185,30) e Vila de Rei (12,24). Existem ainda municípios onde ainda não é cobrada a tarifa de saneamento”.
Em Mafra, os serviços de água e saneamento, que eram geridos pelo município, passaram durante o consulado de Ministro dos Santos à frente da câmara, a ser geridos pela francesa Veolia e depois pela chinesa Bewater, tendo sido recentemente remunicipalizados por vontade de Hélder Silva, com o apoio do PS local, com o pagamento da respetiva indemnização compensatória à empresa chinesa.