Mafra | Espectáculo de video mapping [Vídeo]

Ontem à noite o Palácio Nacional de Mafra recebeu a primeira sessão da programada projecção de video mapping integrada nas comemorações dos 300 anos do lançamento da 1ª pedra do Convento de Mafra. A segunda sessão terá lugar hoje à mesma hora.

Tudo começa com a chegada da primeira pedra, transportada de carroça e levada até ao sitio onde “Tudo começou” há quase 300 anos, numa encenação de rua. [chamamos a atenção dos leitores para o facto de, para que possam assistir a esta parte do programa, é imprescindível colocar-se junto às grades colocadas em redor do palácio]

Depois deste fase teatralizada, chega então a vez da projecção na fachada principal do Real Edifício de Mafra, projecção acompanha por um narrador que, entre partes sérias e tiradas de humor, nos vai conduzindo ao longo da narrativa que tem início em 1717,  estendendo-se até aos nossos dias.

Pontos fortes deste programa, a originalidade da entrada teatralizada da 1ª pedra, com o seu cortejo de artífices, frades e nobres, e, claro está, a projecção propriamente dita, que em alguns momentos se mostra fenomenal em termos estético-narrativos. Ponto forte também, o muito público que se dirigiu ontem ao Terreiro.

Positiva e de algum modo surpreendente, a inclusão, no final da narração, de imagens e alusões a actualidade, onde destacaríamos, a “Grandola Vila Morena”, como bandeira do 25 de Abril e a imagem de António Guterres  enquanto Secretário Geral das Nações Unidas. No final também a imagem de Salvador Sobral, vencedor da ultima edição do Festival da Eurovisão.

Pontos fracos, desde logo, o som, com um eco contínuo que associado ao vento torna por vezes muito difícil de entender a narração (a cargo de Diogo Infante). O facto de, incompreensivelmente, não se ter procedido ao corte de trânsito na Av. Movimento das Forças Armadas, levou a que os faróis se projectassem sobre as pessoas que se encontravam perto da rotunda da Caixa Agrícola, dificultando a visão e perturbando o espectáculo.
Por outro lado, por falta de informação (da comunicação social e consequentemente do público), dos milhares de pessoas presentes, pouca gente se acercou da carroça com a 1ª pedra, e assim, pouca gente assistiu a esta fase teatralizada do espectáculo. Ouviram pela instalação sonora, viram as luzes, mas a maior parte das pessoas, por falta de informação, nem se acercaram do local da exibição.

Sob o ponto de vista da comunicação social, a falta de um guião do espectáculo impediu-nos de programar devidamente a reportagem e de adaptar os recursos técnicos às condições concretas (falta total de iluminação e movimentações cénicas, por exemplo). Esta falta constante de informação prévia impede-nos de informar devidamente os nossos leitores, impedindo-os de aproveitarem melhor os eventos.

Esta falta crónica de informação, que começa a parecer propositada, prejudica claramente os órgãos de comunicação social que, como nós, não vivem albergados em estruturas públicas da Câmara Municipal de Mafra.

Hoje pelas 22h00 poderá ver (ou rever) este espectáculo.

Partilhe o Artigo

Leia também