O antigo edifício do Serviço de Finanças de Mafra, que ficou propriedade da Câmara Municipal de Mafra (CMM) em fevereiro de 2016, quando aquela entidade adquiriu 4 dos pisos, cuja propriedade não lhe pertencia, foi depois alvo de reabilitação, a cargo da empresa AECI, pelo valor de 943 018,26 €.
Terminadas as obras de reabilitação, o edifício terá entrado hoje à tarde ao serviço dos munícipes. Sem que o município tenha disponibilizado qualquer informação relativa aos serviços que ali estão efetivamente a funcionar, temos de nos socorrer de um artigo do Jornal de Mafra, datado de maio de 2018, onde, a partir de uma publicação da CMM numa rede social, dávamos conta de que passariam a funcionar neste edifício, as áreas da ação social e da cultura, o Gabinete de Apoio Institucional, o Gabinete de Inserção Profissional e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
Invocando razões relacionadas com a pandemia por covid-19 que tem grassado pelo país, atualmente com especial incidência na área da Grande Lisboa, o Jornal de Mafra foi hoje impedido de entrar no edifício para cobrir o evento que durante a manhã aí reuniu o presidente do município, todos os vereadores do PSD, um vereador do PS, representantes dos deputados da Assembleia Municipal e o seu presidente, a presidente da Junta de Freguesia de Mafra, um arquiteto a representar as empresas envolvidas na obra e uma administradora da Caixa Agrícola de Mafra.
Nota do diretor – As razões invocadas pela câmara municipal de Mafra, de viva voz por parte do seu presidente, para impedir a entrada da equipa de reportagem do Jornal de Mafra (2 pessoas), não impediram a câmara de receber recentemente (29 de maio) nas suas instalações, um grupo do MEM, que congregou 14 pessoas, mais o funcionário que fez a imagem publicada na página do município (também sem comunicação social presente).
O Jornal de Mafra manifesta aqui mais uma vez, um veemente protesto pelas grandes dificuldades de trabalho com que se debate no concelho de Mafra. Hoje, pensámos mesmo apresentar uma queixa com base no barramento de que o JM foi alvo, no entanto, melhor ponderada a situação, e tendo em conta a proverbial inércia das instituições, e a pouca autoridade daquelas que regulam a nossa atividade, decidimos que só uma tomada de posição do jornal, que possa ter impacto nacional, poderá eventualmente, permitir-nos vir a ter em Mafra o mesmo acesso às fontes que temos noutros concelhos e no contacto com instituições de âmbito nacional, independentemente das suas cores políticas ou do contexto em que exercem a sua atividade.