A Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária deteve, depois de vários meses de investigação, “um homem, de 49 anos, e uma mulher, de 35 anos, por fortes indícios da prática de crimes de burla qualificada e falsificação de documentos”.
As burlas de elevado valor, a diversas companhias de seguros, ocorreram nos concelhos de Mafra e Palmela.
Desde “data não concretamente apurada”, mas anterior a 2013, que os detidos recorriam “a identidades verdadeiras e outras falsas, para celebrarem contratos de seguros de vida em várias companhias, cujas apólices eram pagas regularmente” e deste modo “conseguiram apropriar-se indevidamente das indemnizações pagas pelas seguradoras, cujos montantes ascendem a centenas de milhar de euros”.
Em algumas situações os arguidos “após dois anos do pagamento dessas apólices, o seguro foi accionado com a apresentação de falsos documentos hospitalares, nomeadamente brasileiros e portugueses, dando conta da suposta gravidade das lesões dos segurados.”
O O inquérito foi dirigido pelo MP e depois de presentes a primeiro interrogatório judicial, foram aplicadas, aos detidos as medidas seguintes medidas de coação “A um dos arguidos foi aplicada a medida de coacção de prisão preventiva e ao outro a de obrigação de não contactar, por qualquer meio, com o co-arguido, assim como a proibição de se deslocar ao estabelecimento prisional onde aquele ficará em prisão preventiva e a de obrigação de não se ausentar para o estrangeiro.”