Comemorações do dia do município de Mafra
Menos munícipes ou entidades agraciadas com medalhas de mérito municipal, a assinatura de um protocolo entre a câmara, o Estado Maior do Exército e a Federação Equestre Portuguesa, com vista o desenvolvimento de um projeto equestre sediado na Escola das Armas, a entrega dos prémios de Composição no âmbito do Prémio Internacional de Composição para os Órgãos do Palácio de Mafra, o discurso de José Bizarro, Presidente da Assembleia Municipal, e a inefável tenda onde o calor torna o ambiente do dia muito pesado, marcaram a cerimónia deste ano das comemorações do dia do município.
Agraciados com a Medalha de Mérito Municipal grau ouro, foram a empresa de transportes especiais Laso sediada na Venda do Pinheiro e dois professores da Escola Secundária José Saramago, Eugénia Pestana e José Rosa, e ainda Casimira Henriques, presidente da direção da APERCIM.
José Bizarro anuncia o projeto de construção de uma nova Escola Secundária na área Malveira/Venda do Pinheiro
Ter-se-à perdido a oportunidade de agraciar com uma medalha de mérito municipal, o atual Diretor do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira, que deverá deixar estas funções em breve.
No âmbito do 3.º Prémio Internacional de Composição para os Órgãos do Palácio de Mafra, de entre 13 candidaturas, João Henrique Sousa Santos, com a partitura “Magnificat”, ganhou o prémio destinado a composições originais, tendo as duas menções honrosas sido atribuídas ao italiano Michele Del Prete, com a partitura, “Glosa a Seis”, e ao norte-americano Jacob Adler, com a partitura “Hexachord Fantasy”.
O discurso do dia, de resto, como já tinha ocorrido no ano passado, coube a José Bizarro, atual presidente da Assembleia Municipal de Mafra.
José Bizarro começou por destacar três temas, que na sua perspectiva marcam este mandato: a remunicipalização dos serviços públicos de água e de saneamento, a descentralização de competências nas autarquias (de resto, muitas delas recusadas pela câmara, por alegada falta de recursos financeiros alocados pelo estado central) e pelo funcionamento do Ecoparque da Abrunheira (convenhamos, tema adotado pela câmara só depois de muita polémica nas redes sociais e na comunicação social).
Só desde 2013, o Município já investiu, do seu orçamento e outros fundos, portanto dos impostos municipais pagos pelos nossos cidadãos e pelas nossas empresas e de outras verbas disponíveis, 12,4 milhões de euros na construção de equipamentos essenciais ao desenvolvimento do Concelho, em áreas como a saúde, educação, segurança e preservação da orla costeira, que são exclusiva competência da Administração Central [José Bizarro]
O presidente da assembleia Municipal referiu depois os objetivos que na sua perspectiva deverão orientar as atividades do município referindo, nomeadamente, a preservação e manutenção do conjunto patrimonial e na atratividade da Tapada Nacional de Mafra (a diretora da Tapada Nacional de Mafra esteve ausente desta cerimónia), a expansão da oferta de ensino secundário no Concelho, a requalificação do Porto de Pesca da Ericeira, o reforço dos efetivos da Guarda Nacional Republicana e a redução ou isenção do pagamento de portagens em determinados troços da autoestrada A21.
Nota do Diretor
Para quando a construção de um espaço físico com condições para receber este tipo de cerimónias, bem como espetáculos que pelas suas características próprias mobilizem mais espetadores do que aqueles que gravitam habitualmente em torno das iniciativas municipais mais comuns?
O aluguer de tendas representa um dispêndio acumulado de muitos milhares de euros ao longo do tempo, alojando mal aqueles que participam nestes eventos ou aqueles que a que a eles assistem.
Uma nota final relacionada com a falta de organização, melhor, com a mais profunda desorganização que grassa neste concelho, em torno de eventos que mobilizam muitos jornalistas, fotógrafos e operadores câmara, como aqueles que trazem ao concelho, presidentes da república, primeiros ministros ou ministros.
O que se passou hoje (de uma forma reincidente) foi algo que dificulta a tarefa dos órgãos de comunicação social (OCS) legalmente credenciados, suscitando criticas, nomeadamente, por parte da generalidade dos OCS nacionais que estiveram presentes neste evento e sobretudo naquele que se seguiu.
Neste concelho, a presença comum de fotógrafos comerciais, fotógrafos amadores, colaboradores clandestinos de OCS e de estações de televisão que não existem legalmente enquanto tal, não passando de agências de publicidade toleradas pelos poderes locais, dificulta a tarefa daqueles que pagam impostos e que se credenciam como a lei determina, exercendo a sua atividade em OCS nacionais ou locais.
Atualizado em 30-05-19 às 21:05