Mafra avança para a construção de uma central dessalinizadora

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Mafra avança para a construção de uma central dessalinizadora

 

Em 2021, durante uma assembleia municipal, o ainda presidente da câmara, Hélder Sousa Silva, apresentou o “PRR Municipal”, no qual constava o TOP 15 de investimentos estratégicos para o concelho de Mafra (ver artigo do Jornal de Mafra).

Entre esses investimentos encontrava-se a construção de uma central de dessalinização para aproveitar a água do mar, iniciativa que, na altura, representava um investimento de 20 milhões de euros.

Três anos depois, os SMAS (Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Mafra) contratam, por consulta prévia, o ISQ-Instituto de Soldadura e Qualidade para a realização de um estudo de viabilidade da construção de uma central dessalinizadora para abastecimento de água potável ao concelho de Mafra.

O contrato para a realização do estudo foi assinado na passada 6.ª feira e orça os 19.950,00 €, acrescido de IVA à taxa legal em vigor.

O ISQ-Instituto de Soldadura e Qualidade terá de apresentar o estudo dentro de 3 meses (91 dias).

 

O que é a dessalinização?

A dessalinização é o processo que elimina os sais minerais dissolvidos na água, transformando a água salgada em água própria para consumo humano ou para uso agrícola. Atualmente dispomos de várias tecnologias de dessalinização baseadas em dois processos: a dessalinização térmica e a dessalinização por membrana. Este último processo é o mais comum, sendo a osmose inversa a tecnologia mais utilizada.  A osmose inversa é um processo de filtragem em que a água é sujeita a alta pressão, através de uma membrana, que retém até 95 por cento das partículas de sal e 99 por cento das impurezas. Na dessalinização térmica, o sal e a água são separados através de vários ciclos de evaporação. Em ambos os processos, a água dessalinizada é ainda sujeita a tratamentos de desinfecção e remineralização.

Em Portugal apenas existe uma unidade de cariz industrial, construída há 40 anos em Porto Santo. No Algarve já foi lançado o concurso público e a Agência Portuguesa do Ambiente emitiu uma Declaração de Impacto Ambiental favorável para a construção de uma central de dessalinização, a qual deverá entrar a funcionar em 2026.

 

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