O futuro Arquivo Nacional do Som (ANS), a ser instalado em Mafra, vai fazendo o seu caminho. Desta vez, a notícia é que a Estrutura de Missão encarregue de preparar o dossier técnico que irá sustentar as opções relativas à criação do arquivo, já apresentou o seu trabalho.
A estrutura de missão, criada em 2019 tinha por objetivo “elaborar de um dossier que reunisse a informação técnica no sentido de dotar o país de uma estrutura arquivística, de âmbito nacional, que garantisse a salvaguarda e disponibilização do património documental sonoro“.
Foram contactadas mais de 3.500 entidades, de modo a avaliar as caraterísticas e as condições em que se encontra este importante domínio do património documental, cultural e científico.
Para a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, “o património sonoro, mesmo aquele que está guardado nas várias instituições de memória, tem estado votado à invisibilidade e ao silêncio. Não está disponível para consulta, e as entidades não dispõem de tecnologia para reproduzir os suportes. A criação do ANS resolve esta necessidade concreta de podermos procurar, aceder, e ouvir este importante domínio patrimonial. Como iríamos explicar às gerações futuras que havíamos perdido a memória sonora do nosso país e que tínhamos um século XX silencioso?”.

Embora o Arquivo Nacional do Som seja instalado em Mafra, o acesso aos documentos será descentralizado e será distribuído por vários núcleos, garantindo “a segurança e a legalidade da disponibilização dos conteúdos, mas de modo a providenciar igual condição de acesso à informação, independentemente do local em que o utilizador final se encontre”.
A aquisição de equipamento para o Arquivo Nacional do Som, no valor de 2 milhões de euros, está assegurada por fundos do PRR.