Legislativas 2024 | Resultados Nacionais — A Hecatombe
Com o número de votantes a passar de 57,96% em 2022, para 66,23% em 2024,um aumento líquido de 750 584 votantes, este ato eleitoral trouxe mais cidadãos à liça eleitoral. Num contexto em que eram cada vez mais frequentes as menções ao desinteresse crescente dos cidadãos relativamente à vida política, esta eleição marcou um ponto de viragem.
Pontos de viragem não faltaram nesta eleição. O PS, que em 2022 (há cerca de 2 anos) era senhor de uma maioria absoluta, tendo arrecadado 2.246.637 votos, na eleição de ontem perde a confiança política de 486 700 votantes, caindo de 41,68%, para 28,66%.
Tendo em conta a debacle do PS, seria de esperar uma resposta consistente por parte do outro partido do centro político, o PSD, mas tal não aconteceu. O PSD passa de um resultado medíocre em 2022, 27,81%, para um resultado medíocre em 2024, ficando-se pelos 28,63%, a esta hora (11 de março 24 às 13:50), com uma votação inferior à do PS, pior ainda, se tivermos em conta que o PSD concorreu agora coligado com o CDS-PP.
O vencedor absoluto da noite foi o Chega, que passou dos 385.573 votos, para os 1.108.764 votos, atingindo uma percentagem de 18,06% e elegendo até agora 48 deputados. O Chega, partido com quem nenhuma outra força política manifestou até agora vontade de negociar, tornou-se, neste novo ciclo eleitoral, uma força incontornável na nova cena política nacional.
A Iniciativa Liberal manteve os seus 8 deputados, o mesmo ocorreu com o BE, que mantém os 5 deputados e com o PAN, que se mantém com Inês Sousa Leal como deputada única.
Menção pela negativa para a CDU, que perde 2 deputados. Em sentido contrário, o Livre de Rui Tavares passou de 1 para 4 deputados, sendo assim um dos vencedores da noite eleitoral.
A esta hora, faltando ainda atribuir os 4 mandatos da emigração, estes serão os votos que decidem esta eleição. De qualquer modo, Pedro Nuno Santos já deu os parabéns a Luís Montenegro e este já assumiu a vitória.
Certa mesmo é a derrota estrondosa das esquerdas. PSD/CDS + IL + Chega somam até agora 135 deputados, contra os 91 deputados de PS + BE +CDU + Livre.
Se vivêssemos num mundo que fizesse sentido, vencedores e vencidos estariam agora a pensar no melhor caminho a trilhar para que os cidadãos portugueses pagantes de impostos pudessem ter estruturas de ensino, de saúde, de habitação, de cultura e de liberdade consentâneas com uma sociedade da Europa do século XXI.
Nota: os números apresentados têm por base a informação provisória fornecida às 13:50 pelo MAI.
