“Junta da Malveira responde a interpelação do PAN relativa à mata paroquial da Malveira” – esta formulação do título da notícia, num estado democrático em que vigora a separação entre a igreja e o estado, é já, por si só, algo obtusa. Como é que uma Junta de Freguesia se vê envolvida na gestão de uma mata que pertence a uma denominação religiosa?
O PAN pediu esclarecimentos à Junta de Freguesia da Malveira e S. Miguel de Alcainça, relativamente ao “estado de degradação da Mata Paroquial da Malveira e da falta de condições de bem estar dos animais que nele vivem“. No seguimento deste pedido, respondeu Respondeu Vitor Gomes, presidente da referida junta de freguesia, referindo que “neste momento está a proceder-se à manutenção da Mata Paroquial de forma a que a mesma apresente as condições que entendemos por convenientes […]”, referindo depois os esforços da junta no sentido de melhorar a limpeza do local, queixando, no entanto, dos “frequentes atos de vandalismo a que a mesma tem vindo a ser sujeita e dos quais têm sido feitas as respectivas participações às forças policiais“.
O PAN tinha-se mostrado particularmente preocupado com as condições a que estariam a ser sujeitos os animais alojados no espaço da mata Paroquial, respondeu Vítor Gomes, referindo que “o cisne que mencionam, o qual tinha sido abandonado e recolhido pelos serviços desta União de Freguesias temporariamente, já não se encontra no referido espaço, tendo sido deslocalizado para a quinta de um particular, a qual dispõe de um lago com animais da mesma espécie“.