João Silva (piloto torriense) representou Portugal no Trial das Nações

Entre os atletas escolhidos pela Federação Portuguesa de Motociclismo para representar Portugal no Trial das Nações, evento realizado em Pobladura de las Regueras, na província espanhola de León, encontrava-se o piloto torriense, João Silva.

A seleção Nacional que representou Portugal no Trial das Nações era constituída por João Silva, Rita Vieira, Filipe Paiva, Diogo Vieira e Paulo Gonçalves.

O piloto torriense participou na categoria Challenge fazendo dupla com Rita Vieira, com quem partilhou os pontos para esta classificação específica.

Aos comandos de uma nova moto (de 125cc) à qual ainda não estava perfeitamente adaptado e com a pressão da sua primeira experiência a representar Portugal na alta roda internacional, o nervosismo na parte inicial da competição foi fatal para o seu desempenho durante toda a prova.

Na passagem pela zona 7 da primeira volta, a roda da frente da mota bloqueou e a mota caiu num rio. O Jovem de 18 anos, apesar da ajuda de vários assistentes presentes no local e dos elementos da equipa Portugal, não pode prosseguir de imediato em prova. Ao fim de uma hora, o jovem piloto voltou à competição, mas com o desempenho bastante afetado, uma vez que sofreu uma penalização em tempo e que o tubo de embraiagem estava partido.

No arranque da segunda volta da competição, João Silva teve uma motivação extra e subiu de rendimento, mas não o suficiente para que a dupla portuguesa melhorasse a 6.ª e última posição da classificação.

No final da prova, o jovem torriense afirmou: “toda a envolvência e dinâmica do evento foi surpreendente e obviamente diferente de tudo que estava habituado. Desde do entusiasmo dos treinos livres em que pude partilhar a pista e trocar ideias com os melhores pilotos do mundo, incluindo a maior lenda de sempre da modalidade, o espanhol Toni Bou, até à grande emoção da apresentação, onde depois da Espanha fomos sem dúvida a equipa mais saudada e acarinhada. Comecei a prova algo nervoso pelo peso da responsabilidade de estar a representar o nosso País, mas depois daquele azar, arranquei para a segunda volta com muita vontade de retribuir todo o esforço que fizemos para recuperar a moto e muito focado em dignificar Portugal. O meu desempenho evoluiu e até passei a última zona a “0”. Gostava de agradecer especialmente ao João, um emigrante Português que estava a assistir à prova e foi incansável e importante no apoio à nossa equipa, para que pudéssemos resolver o mais rápido possível as várias anomalias causadas pela queda no rio. No final ele até se emocionou por ver que, com o nosso esforço e espírito resiliente conseguimos concluir a prova e que isso aconteceu também graças à sua contribuição. Foi a minha primeira experiência neste gigante palco do trial e saio daqui certamente mais motivado para continuar a trabalhar bem e voltar a merecer a confiança dos responsáveis do moto trial nacional e quem sabe voltar a representar Portugal no Trial das Nações 2025, que vai realizar-se em Itália.“.