O IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) acaba de distribuir informação referente a 2020, concluindo que esse ano foi o mais quente a nível global e na Europa e o 4.º mais quente dos últimos 90 anos em Portugal continental.
- O ano 2020 teve uma anomalia de + 0,6 °C em relação à normal 1981-2010 e cerca de +1,25 °C em relação ao período pré-industrial 1850-1900, no respeita à temperatura do ar média anual
- Últimos 6 anos os mais quentes desde que há registos: 2020, 2016, 2019, 2015, 2017, 2018
- Na Europa, em relação à temperatura do ar média anual, verificou-se uma anomalia de + 1,6 °C em relação à normal 1981-2010 e + 0,4 °C em relação a 2019 (o anterior ano mais quente)
- Os maiores desvios da temperatura do ar média anual, em relação ao período 1981-2010, verificaram-se no Ártico e no Norte da Sibéria, com anomalias de + 6,0 °C
- A década 2011-2020 foi a mais quente no Globo desde que há registos, com os 6 anos mais quentes a ocorrerem todos desde 2015
Ondas de calor em Portugal Continental no ano de 2020
- Em Portugal continental o ano de 2020 classificou-se como muito quente e seco.
Foi o 4º ano mais quente dos últimos 90 anos em Portugal continental:
• 1997: temperatura média, 16,57 °C, + 1,31 °C/normal 1971-200
• 2017: temperatura média, 16,33 °C, + 1,07 °C/normal 1971-200
• 1995: temperatura média, 16,25 °C, + 0,99 °C/normal 1971-200
• 2020: temperatura média, 16,22 °C, + 0,96 °C/normal 1971-200 - A última década, 2011-2020, é a mais quente desde 1931 em Portugal continental, ultrapassando o anterior maior valor que se verificou na década 1991-2000
- O valor médio anual da média da temperatura máxima do ar em 2020, 21,95 °C, foi o 2.º mais alto desde 1931, enquanto o valor médio anual da média da temperatura mínima do ar, 10,49 °C foi 4.º valor mais alto dos últimos 20 anos
- Em relação à precipitação no ano de 2020 verificou-se um valor total anual de 746,8 mm que corresponde a cerca de 85% do valor normal
- A década 2011-2020 é a segunda mais seca em Portugal continental, desde 1931, com uma diferença de apenas 5 mm em relação à década mais seca, 2001-2010
[Fonte:IPMA]