Segundo a informação difundida pela COSEC, a seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, no primeiro trimestre de 2020 declararam insolvência em Portugal 658 empresas, representando um crescimento de 4% face ao período homólogo do ano passado
A presidente do Conselho de Administração da COSEC, Maria Celeste Hagatong afirmou que “A economia global está num enorme estado de turbulência. O mundo está a atravessar um novo tipo de crise económica e sanitária que está a colocar todas as economias, e as empresas, sob uma pressão intensa. Prevemos que o aumento das insolvências, que já se verifica no primeiro trimestre do ano, se acentue nos próximos meses.”
As microempresas constituem a maioria dos casos de insolvência, com uma quota de 65%, tendência que se tem vindo a manifestar desde 2009. O setor dos serviços apresenta também uma taxa elevada de insolvências, com 136 empresas (21%), seguindo-se o retalho (15,3%), com um total de 101 empresas insolventes, e o setor da construção (14,9%), com 98. Já na categoria dos empresários em nome individual registaram-se, no primeiro trimestre de 2020, 95 insolvências, 14% do total do número total em Portugal.
Em termos geográficos, o Porto apresenta o maior número (23,4%), seguido-se Lisboa (18,5%) e o distrito de Braga (13,4%). Os distritos de Beja, Portalegre e Évora continuaram a registar o menor número de insolvências, com um total de 16 casos registados.
No mesmo período criaram-se em Portugal 11 939 empresas, representando um decréscimo de -25% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Na liderança mantêm-se aqui os setores dos Serviços (2 976 empresas), Construção (1 398) e Retalho (1 366). O maior número de empresas foram criadas em Lisboa (3 931), Porto (2 201), Setúbal (896) e Braga (874).
Cerca de 68% do número de postos de trabalho em risco dizem respeito a micro e pequenas empresas.
A nível mundial registou-se um aumento do número de insolvências, da ordem dos 14%.
