Em comunicado, a concelhia de Torres Vedras do Bloco de Esquerda, depois de se solidarizar com o pessoal médico e não médico do Hospital de Torres Vedras, com as corporações de socorro do concelho e com os funcionários dos lares do concelho, apela a todos, que evitem “contactos que potenciem os contágios, neste tempo em que também o socorro médico começa a não conseguir dar resposta”.
O comunicado prossegue afirmando “a absoluta urgência da requisição civil sobre os privados, bem como todos os alertas, moções e recomendações que temos vindo a apresentar a nível da Assembleia Municipal, desde o início da pandemia e que foram sistematicamente ignoradas/recusadas pela maioria socialista que governa o concelho” alertando depois para a “necessidade de tomar medidas a nível económico, a nível social, a nível da prevenção, a nível das condições de trabalho a que o pessoal afeto ao Hospital de Torres Vedras está sujeito, quase todas elas, bem acolhidas por todas as forças políticas representadas na Assembleia Municipal, à exceção da maioria socialista”.
“A falta de condições do nosso Hospital sempre foi conhecida e ficou agora a nu” afirma o Bloco de Esquerda de Torres Vedras, fundando a referida falta de condições, na falta de investimento na saúde pública do concelho, a qual, segundo aquela força política, se reflete na “degradação de instalações, equipamentos, [n]o fecho sistemático de serviços e a falta de profissionais“, sugerindo que a solução do problema passe pela “construção de um Hospital digno e central para os habitantes da Região Oeste“.
Depois de criticar a “passividade” das autoridades locais, o BE de Torres Vedras afirma que a cidade “vive um momento dramático de descontrolo desta pandemia, cujos sinais já se sentiam nas últimas semanas, não só pelos diversos surtos comunitários e em lares, como no surto que decorre no próprio hospital, ou ainda pela dificuldade em seguir e conter cadeias de contágio e testar em tempo útil,
Aquela força política, com assento na Assembleia Municipal de Torres Vedras termina a sua tomada de posição afirmando ser “hora dos torrienses se unirem e se protegerem” e não negligenciarem as medidas de prevenção, afirmando a certeza de que a atual situação irá ser ultrapassada “com a solidariedade de todos e exigindo ao Governo que coloque todos os meios disponíveis do sector privado e social sobre a gestão do SNS, a valores de custo“.
