Assinala-se hoje o Dia Nacional do Dador de Sangue. Este dia pretende evidenciar, junto da população em geral, o valor da dádiva de sangue, estimular a sua prática e tornar mais conhecida a sua necessidade.
Uma dádiva de sangue pode ajudar a salvar até 3 vidas e leva em média apenas 30 minutos
As reservas de sangue não são ilimitadas e os hospitais necessitam de sangue todos os dias. A presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) relembra que a pandemia vaio mudar a nossa vida, mas “nos hospitais portugueses continua a fazer falta sangue, todos os dias”, sendo por isso necessário que todos os dias pessoas realizem dádivas.
O IPST refere que “a pandemia e o confinamento não demoveram aqueles que exercem este ato de cidadania e amor ao próximo” e em 2021 o número de dádivas aumentou em relação a 2020 e “muitos foram aqueles que nesta situação adversa efetuaram a sua primeira dádiva”.
Em janeiro o IPST alertou para instabilidade nas reservas de sangue, que atingiram níveis preocupantes, em alguns casos apenas chegavam para 4 dias. As reservas de sangue variam muito de dia para dia, e com um maior afastamento de dadores, nos últimos meses foram cancelas cirurgias e procedimentos por falta de sangue.
Todos os tipos de sangue são necessários, mas o tipo 0 negativo por ser dador universal e como tal utilizado em situações de emergência, é sempre muito necessário.
As atuais reservas de sangue do ISPT são as seguintes:
Quem pode doar sangue:
Podem doar sangue todas as pessoas com bom estado de saúde, com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos. Para uma primeira dádiva, o limite de idade é 60 anos.
A dádiva de sangue é benévola e não remunerada. A doação de sangue pode ser feita de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens.
A saber
Os tipos de sangue que existem são A, O, que são os mais comuns, AB e B, que são mais raros.
As pessoas com sangue do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa, mas só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue. Por outro lado, as pessoas do tipo AB podem receber sangue de qualquer pessoa, mas só podem doar para pessoas com o mesmo tipo sanguíneo.
Já pessoas com sangue do tipo A podem doar apenas para outras do tipo A ou tipo AB, assim como as do tipo B só podem doar para B e AB.
Para além dos tipos de sangue, existe o fator RH, que determina se o tipo de sangue é positivo ou negativo e influencia na compatibilidade sanguínea. Assim, pessoas com sangue positivo podem receber de pessoas com qualquer RH, mas só podem doar para outras com sangue positivo. Enquanto que, se o sangue tiver RH negativo, podem doar para pessoas com sangue positivo ou negativo, mas só podem receber negativo.
Na semana passada, a Direção-Geral de Saúde publicou uma norma na qual a orientação sexual deixa de ser um critério de exclusão quando se seleciona quem pode ou não ser dador.
“A dádiva de sangue é uma causa de todos nós, graças a este gesto solidário, são salvas diariamente muitas vidas nos Hospitais portugueses”.