Dada a situação atual provocada pela pandemia de Covid-19, este ano as celebrações do Dia de Portugal ocorreram Mosteiro dos Jerónimos, com um número reduzido de convidados.
Ao içar da bandeira nacional, ao som do hino nacional, no exterior do Mosteiro dos Jerónimos, seguiu-se a cerimónia de deposição de uma coroa de flores no túmulo de Luís Vaz de Camões e a homenagem aos mortos ao serviço da pátria, na Igreja de Santa Maria de Belém, e por fim os tradicionais discursos, desta vez reduzidos a duas intervenções, a do Cardeal José Tolentino de Mendonça, Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações, e a de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.
Portugal tornou-se independente em 1139, sendo por isso um dos países mais antigos do mundo, encontrando-se entre os primeiros 10 países a conquistar a independência.
De 1933 e até à revolução dos cravos em 25 de abril de 1974, o dia 10 de junho era celebrado como o “Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses”. Após 25 de abril de 1974 a celebração deste dia passou a dedicar-se homenagem a Portugal e em 1978 as comunidades portuguesas são associadas ao Dia de Portugal.
As comunidades portuguesas são associadas ao Dia de Portugal ènquanto “reflexo do reconhecimento do seu significado para o nosso país, da valorização da sua ligação ao país de origem e do contributo que podem dar enquanto presença portuguesa no estrangeiro e do papel que desempenham nas relações entre os povos”.
Segundo os últimos dados revelados, as Comunidades Portuguesas são constituídas por 5 315 824 pessoas fixadas em países como Estados Unidos da América, Brasil, França, Canadá, Suíça, Venezuela, Reino Unido, África do Sul, China (inclui Macau e Hong Kong) e Alemanha.
O governo destaca os Estados Unidos da América, o Brasil e França como “importantes destinos da emigração portuguesa do século XX, e onde as numerosas comunidades se encontram já na terceira geração que, apesar da distância física e psicológica, reconhece ainda assim Portugal como uma parte importante da sua identidade”.
Em 2019-2020 são 694 os cidadãos portugueses e luso-descendentes que desempenham funções politicamente relevantes no resto do mundo. Localizando-se em França (373), Estados Unidos da América (154), Luxemburgo (26), Canadá (18), Suíça (14), Índia (13), África do Sul (10), Brasil (10), São Tomé e Príncipe (10), Alemanha (9) e Bélgica (9). Também no Vaticano, 12 cidadãos nacionais se encontram a desempenhar cargos relevantes.
Existem 2.013 associações de portugueses distribuídas pela Europa (1 146), pela América do Norte (513), pela América do Sul (244), pela África (57), pela Oceânia (30) e pela Ásia (23).
A língua portuguesa é ensinada em 76 países através do Instituto Camões, sendo que em 2019 a rede do ensino de Português no estrangeiro abrangia 1 477 escolas e 70 920 alunos apenas nos níveis de ensino pré-escolar, básico e secundário.
Assinala-se hoje também o dia em que no ano 1580 morreu o poeta Luís Vaz de Camões, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal.
