A Polícia Judiciária nos meiosanunciou ontem a “identificação e detenção de 1 cidadão português com 19 anos de idade” por este se dedicar “à prática continuada de crimes de acesso indevido, dano informático e sabotagem informática”.
A detenção ocorreu no decurso da operação “ex ploit”, operação que contou com a cooperação entre as autoridades Portuguesas e Brasileiras e da qual resultou a detenção do cidadão de 19 anos em território nacional e de 3 indivíduos, com idades compreendidas entre os 19 e os 24 anos, em território Brasileiro (Minas Gerais e São Paulo), por ataque ao Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, durante as eleições municipais, que ocorreram há cerca de 15 dias, naquele país.
Sabe-se agora que o hacker português detido é Tomás Bonifácio Pedroso, conhecido como Zambrius, que se encontrava em prisão domiciliaria na sua casa, na Ericeira, onde foi detido no sábado.
Esta terá sido a 3ª detenção de Zambrius, tendo a primeira ocorrido aos 16 anos, por estar envolvido com um grupo de hackers que atacaram várias estruturas do Estado, entre elas a Procuradoria-Geral da República. Em abril deste ano voltou a ser detido por suspeita de ter levado a cabo cerca de duas dezenas de ataques cibernéticos a várias entidades públicas e a empresas privadas, como a Altice e da EDP.
Desta vez, o pirata informático foi detido por suspeita de invasão dos sistemas informáticos do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, durante as eleições municipais que ocorreram há cerca de 15 dias.
Ao Estadão, Zambrius afirma ter feito o ataque por diversão e confessou “fiz tudo sozinho, por telemóvel”, acrescentando ainda, “não tenho computador, todas as minhas atividades, desde que fui detido, são realizadas por um telemóvel de 50/80 €. O impacto podia ser muito, mas muito maior se eu tivesse um computador.”
Zambrius pertence ao grupo CyberTeam que já terá atacado os sistemas da Presidência da República, da Procuradoria Geral da República, da Direção-Geral do Orçamento, de Clubes de Futebol e da Associação de árbitros.