A 4 de dezembro de 1711 nascia no Paço da Ribeira, Lisboa, Maria Madalena Bárbara Xavier Leonor Teresa Antónia Josefa, a Princesa do Brasil, a filha mais velha de D. João V e de sua mulher Maria Ana de Áustria.
Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia em que estamos…
In “Memorial do convento”
Nascida uma filha, Maria Bárbara, D. João V honrou o seu compromisso, mas no local onde devia surgir um convento franciscano, acabou por ser construído aquele que é agora um monumento, o Palácio/convento Nacional de Mafra, hoje classificado pela UNESCO.
A princesa recebeu uma excelente educação, sendo filha de pai português e mãe austríaca, falava fluentemente francês, alemão e italiano, tendo apreendido o castelhano já depois do casamento, em Madrid.
Maria Bárbara era uma mulher culta e grande amante das Belas-artes e tal como seu pai cultivava refinadas gostos musicais. D João V contratou então o cravista Domenico Scarlatti- que permaneceu em Lisboa de 1719 a 1729 – para dirigir a Capela Real e ensinar música à jovem princesa.
Em janeiro de 1723, aos doze anos de idade, foi prometida em casamento ao ainda mais jovem Infante Fernando, filho de Filipe V de Espanha.
A 19 de janeiro de 1729, Maria Bárbara foi uma das protagonistas da “Troca das Princesas”, cerimónia que ocorreu no Rio Caia, rio que faz fronteira entre Elvas no Alentejo, Portugal, e Badajoz na Extremadura, Espanha.
Maria Bárbara seguiu para Espanha, destinada a casar com o Príncipe das Astúrias, e a sua cunhada Mariana Vitória de Bourbon, vinha para Portugal, destinada a casar com o príncipe herdeiro D. José.
Depois de casados, Maria Bárbara e o Príncipe das Astúrias viveram 17 anos como príncipes herdeiros, tendo subido ao trono em julho de 1746. Maria Bárbara tornou-se assim rainha de Espanha aos 34 anos de idade. Reza a história, que Maria Bárbara e Fernando VI eram apaixonados um pelo outro, e viveram um casamento feliz, que, no entanto, não gerou filhos.
Ao longo da sua vida Maria Bárbara recebeu os seguintes títulos:
- 4 de dezembro de 1711 – 20 de janeiro de 1729: Sua Alteza Real, a Infanta de Portugal
- 4 de dezembro de 1711 – 19 de outubro de 1712: Sua Alteza Real, a Duquesa de Bragança e Princesa do Brasil
- 20 de janeiro de 1729 – 9 de julho de 1746: Sua Alteza Real, a Princesa das Astúrias
- 9 de julho de 1746 – 27 de agosto de 1758: Sua Majestade, a Rainha da Espanha
Maria Bárbara viria a morrer de asma, em Aranjuez, a 27 de agosto de 1758.
Neste momento, dos 5 925 € necessários para adquirir a obra, 5 067 € estão já angariados.