Desmantelada rede criminosa suspeita de 58 furtos a residências na área metropolitana de Lisboa
A GNR, através do destacamento territorial de Sintra, realizou ontem, uma operação no seguimento de uma investigação que durou cerca de 8 meses e que visava a “prática dos crimes de associação criminosa, furto qualificado e burla”.
Desta operação, que envolveu 333 elementos de diversas valências da GNR e que teve o apoio da Polícia de Segurança Pública, resultaram 13 detidos, 8 homens e 5 mulheres, com idades compreendidas entre os 25 e os 56 anos, por os mesmos pertencerem “a uma rede criminosa organizada, que se dedicava a burlas e a furtos qualificados, especialmente em interior de residência, estando indiciados em 58 furtos, praticados na área da grande Lisboa”.
Foram realizadas buscas “24 domiciliárias, 11 a veículos, 6 em estabelecimentos comerciais e uma no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus” em Lisboa, Sintra, Torres Vedras, Odivelas, Caneças, Loures e Vialonga.
As buscas levaram à apreensão e recuperação do seguinte:
- 11 veículos ligeiros, alguns de gama alta;
- 198 artigos em ouro, designadamente brincos, fios, pulseiras, anéis e medalhas (cerca de 4 quilos, com um valor estimado de 130 mil euros);
- Diversos eletrodomésticos, designadamente aspiradores, ferros de engomar, forno elétrico, placa vitrocerâmica, máquina de café, entre outros;
- 10 televisões LCD;
- 25 telemóveis;
- 28 relógios de pulso;
- Diverso material informático: 10 tablets, dois computadores, três colunas de som e um monitor;
- Oito dispositivos de videojogos;
- Cinco Hoverboards;
- Duas malas de senhora, no valor de 500 euros;
- Uma coleção de moedas;
- 48 doses de haxixe;
- Oito doses de cocaína;
- Mais de 5 mil euros em numerário.
A GNR refere ainda, que o modus operandi destes indivíduos – já com antecedentes criminais relacionados com a prática do mesmo tipo de crime – consistia em abordar residências, preferencialmente moradias, subtraindo todo o material que nelas estivesse contido, com vista à sua venda e consequente ganho económico, com incidência no furto de ouro, dinheiro e eletrodomésticos. Em alguns dos furtos, os suspeitos abordavam residências com idosos e, no sentido de se introduzirem nas casas, faziam-se passar por funcionários de entidades, alegando faturas por pagar e contagem de contadores, acabando por levar vários objetos, nomeadamente ouro.