Ontem à tarde, o AC Malveira foi até Linda-a-Velha para o jogo da 15ª jornada da Pro-nacional 2018/19.
O jogo terminou empatado a 2 bolas, mas o que deu que falar não foram os golos, mas os confrontos que aconteceram em campo.
Diogo Martins, do Malveira, agarrou, empurrou e rasgou o equipamento do árbitro depois de este lhe ter mostrado o cartão vermelho e a situação apenas aclamou depois da polícia ter intervindo para retirar o jogador do campo.
O caso veio a público depois de Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) ter publicado um vídeo em que mostra aquilo que aconteceu neste jogo.
O jogador já reagiu aos acontecimentos, referindo que depois de uma “jogada que é mal ajuizada” procurou o “árbitro para lhe dizer isso mesmo e apesar de todo o aparato, não usei palavras que não o calão que se usa em qualquer campo desta distrital. Não me quero defender, o que fiz não tem defesa, fui expulso e bem expulso.” Prossegue referindo que “em momento algum agredi o árbitro do jogo. (…) Agarrei sim a camisola num gesto que reprovo e ao ser afastado pelos meus colegas, puxei-a. A camisola rasgou mas repito que em momento algum agredi o árbitro. O resto é um comportamento a quente em que não me revejo. Perdi a cabeça e estava nervoso com os meus colegas na ânsia de me justificar”. “(…) quero pedir desculpa a todos os intervenientes e à entidade que represento, o Atlético Clube da Malveira. O Futebol não é o que aconteceu ontem e este comportamento não deve ser repetido por ninguém”.
Entretanto, o Atlético Clube da Malveira emitiu hoje, o seguinte comunicado acerca desta situação.
[…] vimos por este meio comunicar que não nos revemos na atitude que o nosso atleta teve no decorrer do mesmo [jogo]para com o árbitro do encontro. Consideramos um ato impróprio, infeliz, com origem no “calor” do jogo, no final do jogo pedimos diretamente desculpa pelo incidente à equipa de arbitragem e esperamos que atos destes não se voltem a repetir e que tenhamos sempre uma atitude responsável e desportiva em campo.
Não querendo desculpar o nosso atleta, lembramos os menos atentos que a informação que foi passada não reflete toda a verdade, a origem do lance que origina toda esta “confusão” é precedida de uma falta, assinalada a nosso favor pelo arbitro assistente e que o arbitro analisa de outra forma, o que dá origem aos protestos exagerados do nosso atleta, a uma conduta menos própria e antidesportiva.
As frases proferidas pelos nossos atletas e pelo árbitro também sabemos quais foram e também sabemos que o árbitro é soberano e os atletas devem obedecer as decisões, mesmo que sejam erradas, agora não deveriam de existir ofensas verbais por nenhum dos intervenientes, sejam atletas ou árbitros. Lembramos também que o árbitro em questão estava a realizar o quarto (4) jogo no mesmo fim-de-semana.
[…] não somos uma equipa de arruaceiros, agressiva nem jogamos com maldade, a dualidade de critérios, as penalizações aos nossos jogadores e ao nosso clube em grande parte dos jogos têm sido de proporções avassaladoras e aberrantes. […] Não pedimos favores, mas, também não queremos que seja sempre contra nós, defendemos arbitragens isentas, imparciais e sérias. Somos um clube sério, responsável, honesto e com 79 anos de história.
Chegou a hora de dizer BASTA! Nunca em parte alguma iremos aceitar que por termos tido um ato impróprio, infeliz, com origem no “calor” do jogo e na sequência de uma descoordenação da equipa de arbitragem por parte de um atleta de sermos insultados como fomos por um responsável da arbitragem em Portugal.
“Não Somos Tristes, Não Somos Frustrados, Não Somos Imbecis, Não Somos Ignorantes, Não Somos Cobardes, Não Somos Fracos, Não Somos Parvos, Não Somos Infelizes e Não Somos Selvagens.” Queremos um Futebol sério, isento por parte de todos os intervenientes. […]