Em 2016, o surf foi considerado uma modalidade oficial dos Jogos Olímpicos, e este ano, em Tóquio, fará parte, pela primeira vez, das modalidades presentes no Jogos Olímpicos e em setembro passado, o surfista português Frederico Morais, alcança um feito histórico, ao garantir a sua qualificação para os Jogos Olímpicos de 2020.
Neste momento Portugal encontra-se na rota do surf mundial, tem até uma reserva mundial de surf, mas nem sempre o surf foi uma modalidade “bem vista” no nosso país. Quando começou a aparecer em Portugal era considerada um desporto de hippies, um passatempo de meia-dúzia de desportistas alternativos.
A primeira prova de surf realizada em Portugal ocorreu em 1977 na praia de Ribeira D’Ilhas, na Ericeira, por essa altura começou-se então a sentir a necessidade de criar uma entidade que pudesse regulamentar o surf em Portugal, assim, a 14 de março de 1989 foi fundada a Federação Portuguesa de Surf.
Numa entrevista recente à Surftotal, Antero dos Santos, o primeiro presidente da Federação, e um dos seus fundadores, referiu que a Federação só se fundou graças ao Clube de Pesca da Ericeira (atual Clube Naval).
“(…) decidi com o pessoal de São Pedro do Estoril, fundar o Surfing Clube de Portugal e incentivar as praias a fundarem Clubes.
Foi assim que surgiram os clubes de Carcavelos, Costa da Caparica e Aveiro. Não era fácil constituir clubes, porque era preciso Estatutos e Escritura num notário com adultos. E o problema era de não haver adultos disponíveis.
Foi graças ao Clube de Pesca da Ericeira, que aceitou enviar dois dirigentes ao notário que se fundou a Federação Portuguesa de Surf.
Foi um período muito complicado, até para a Direcção-Geral dos Desportos aceitar a modalidade.”