Depois das notícias desta manhã, que davam conta da existência, ontem, de várias ambulâncias retidas durante longas horas à espera que os doentes fossem atendidos (após terem efetuado triagem) na urgência de doentes respiratórios das Caldas da Rainha, o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) emitiu há pouco um comunicado esclarecendo esta situação.
O Conselho de Administração do CHO refere que tem “havido uma grande afluência de doentes aos Serviços de Urgência do CHOeste e às Áreas de Atendimento Respiratório (ADR-SU)”, situação que tem “provocado alguns constrangimentos no atendimento dos doentes que acorrem a estes Serviços”.
No comunicado confirma-se a situação de ontem e acrescenta-se que a situação já se encontra já ultrapassada.
“No dia de ontem, 3 de janeiro, estiveram retidas algumas macas das corporações de bombeiros, por motivos de sobrelotação dos espaços e impossibilidade de admissão de novos doentes em condições de segurança, no interior do Serviço de Urgência da Unidade de Caldas da Rainha. Atualmente a situação já foi ultrapassada, não existindo macas retidas.”
O CHO disponibilizou os dados da afluência de ontem nos hospitais de Caldas da Rainha e de Torres Vedras, tendo-os comparado com o mesmo dia de 2021. Assim, ontem, foram atendidos:
- Urgência Geral da Unidade:
– das Caldas da Rainha 155 doentes (no mesmo dia de 2021, foram 87)
– de Torres Vedras 149 doentes (no mesmo dia de 2021, foram 109)
……………. - Áreas de Atendimento Respiratório (ADR-SU)
– das Caldas da Rainha 58 doentes (no mesmo dia de 2021, foram 14)
– de Torres Vedras 49 doentes (no mesmo dia de 2021, foram 23)
35% dos doentes na Urgência Geral e mais de 50% dos doentes nos ADR-SU que acorrem a estes Serviços são doentes com prioridade clínica verde (pouco urgente), aos quais poderia ter sido dada resposta noutros locais. O CHO refere ainda que se tem verificado “uma procura dos Serviços de Urgência apenas para a realização de testes COVID”, o que dificulta a capacidade de resposta daquelas unidades de saúde aos doentes efetivamente urgentes.
O CHO apela aos utentes que “utilizem as urgências hospitalares apenas em situações realmente urgentes”.
O Jornal de Mafra junta-se ao CHO no apelo à responsabilidade individual e coletiva da população no cumprimento das medidas de proteção contra a COVID-19, como o uso de máscara, o distanciamento físico, a ventilação dos espaços, a lavagem das mãos, a testagem e a vacinação.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.