Assinala-se hoje o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação.
A 20 de julho de 1969 iniciou-se a transplantação nos Hospitais portugueses. Foi no Hospital Universitário de Coimbra e tratou-se de um transplante renal, de rim de dador vivo, realizado pelo Prof. Linhares Furtado.
Onze anos depois foi feito o 1.º transplante renal de dador falecido, 5 anos depois, em 1985, foi a vez do 1.º transplante de fígado, um ano mais tarde (1986) o 1.º transplante de coração e em 1993, o 1.º transplante de pâncreas. Em 1996 ocorre o 1.º transplante de intestino em Portugal e na Península Ibérica. Em 2001 realizou-se o 1.º transplante de pulmão.
Lacerda Sales, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, referiu hoje que “nos últimos 20 anos assistimos a uma evolução positiva desta atividade, que impulsionou o número de dadores e de órgãos disponíveis para transplantação, colocando Portugal nos lugares cimeiros a nível mundial“.
Segundo os dados divulgados hoje, no 1.º semestre deste ano foram transplantados 369 órgãos provenientes de 163 dadores de órgãos – 143 dos quais dadores falecidos.
Os transplantes realizados até ao final de junho de 2021 foram os seguintes:
27 transplantes cardíacos
201 transplantes renais
99 transplantes hepáticos
24 transplantes pulmonares
Nos primeiros 6 meses de 2021 colheram-se 424 órgãos, com uma taxa de utilização de 82% (349 transplantados).
Em 2020, um ano atípico devido à pandemia, realizaram-se 650 transplantes e até ao final de junho de 2021 registou-se um aumento de 16% do número de dadores e de 19% do número de transplantes realizados.
A GNR, que desde 1994 tem a missão de transporte de órgãos entre vários centros hospitalares assinalou hoje a data referindo que só este ano já efetuou 135 transportes de órgãos, empenhando 271 militares e tendo percorrido cerca de 37 342 quilómetros. Em 2020 esta força policial transportou 240 órgãos, empenhou 478 militares e percorreu 64 133 quilómetros.
[Imagem: SNS]