Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
A data foi criada em 1999 pelas Nações Unidas (ONU) e visa alertar a sociedade para os vários casos de violência contra as mulheres, nomeadamente casos de abuso ou assédio sexual, bem como maus tratos físicos e psicológicos.
Segundo dados do governo, desde o início do ano morrerem em Portugal 33 vítimas de violência doméstica: 25 mulheres, 1 criança e 7 homens, tendo sido registadas 23 000 queixas apresentadas por violência doméstica.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), revelou hoje que entre 2013 e 2018, registou um total de 43 456 processos de apoio a pessoas vítimas de violência doméstica.
“Todos nós em sociedade, cada um de nós, tem a responsabilidade de na sua família, nos seus vizinhos, nos seus colegas, entre os seus amigos não tolerar, não pactuar, não silenciar e de meter mesmo a colher para eliminarmos a violência sobre as mulheres“, afirmou hoje António Costa, referindo ainda que “Cada um de nós tem o dever de agir. O provérbio tradicional que entre marido e mulher não se mete a colher não é aceitável. Aquilo que é dever de cada um de nós é metermos mesmo a colher. É um dever de cada um“.
As estatísticas da APAV, entre 2013 e 2018, revelaram ainda que:
- 85,82% das vítimas eram do sexo feminino
- 42% das vítimas tinha entre 26 e 55 anos
- 33,7% das vítimas eram mulheres casadas
- 85,78% dos autor/a (s) do crime eram do sexo masculino
A vitimação continuada ocorre em 80% das situações, com uma duração média entre os 2 e os 6 anos (16,9%). O local mais comum para “ocorrência dos crimes” é a residência comum, em cerca de 64% das situações.
[Imagens: APAV]