Crónica de Psicologia de Filipa Marques | Sei estudar?

Estudar.

Uma das grandes tarefas das nossas vidas nos dias que correm. Talvez também uma das mais difíceis: exige motivação, atenção, gestão do tempo, autocontrolo e métodos de estudo adequados. Hoje vamos falar sobre os métodos de estudo.

A experiência profissional tem-me mostrado que a maioria dos alunos com insucesso escolar não estuda frequentemente e/ou não sabe como estudar, não obstante, claro, das outras problemáticas que podem estar associadas. Muitas vezes, os alunos centram a sua aprendizagem em estratégias de memorização ou de simples registo e fixação de conteúdos, em vez de tentarem compreender o que estão a aprender. Neste ponto, a minha experiência vai ao encontro do que mostram os estudos científicos, revelando que os alunos que têm melhores resultados são aqueles que se focam na compreensão das aprendizagens, em vez de se limitarem a memorizar. Por isso mesmo, gostaria de partilhar convosco algumas boas práticas de estudo.

Ler. Realizar primeiro uma leitura global e depois partir para uma leitura compreensiva, em que se explora parte a parte aquilo que o texto diz, esforçando-se para compreender os conteúdos. Se necessário parar entre frases e/ou parágrafos e recapitular (poderá até ser em voz alta) os conteúdos. Ler apenas sem compreender nem ter sentido crítico, não é de todo uma forma eficaz de estudar. Resumir. Pegar nas noções principais e sintetiza-las. É muito importante fazer os resumos com clareza, escrevendo de modo simples e direto. É igualmente relevante personalizar os resumos, colocá-los por “palavras nossas”, de maneira a entender melhor os conteúdos de estudo.

Sublinhar. Apenas as ideias importantes, fazendo uma adequada seleção da informação a reter. Depois de sublinhar as ideias principais, sugiro fazer um esquema. Colocar visualmente a informação de modo a facilitar a sua interiorização. Os esquemas ajudam-nos a relacionar os conteúdos, compreendendo-os melhor. Ajuda também a recordar posteriormente as palavras-chave que estavam no esquema e a pensar nos conteúdos a elas associados. Em ambos os métodos podemos ser bastante criativos. Por exemplo, podemos sublinhar com cores diferentes e, no esquema, fazer caixas de texto de cores diferentes, associando cada cor a uma parte da matéria. Podemos ainda usar outras técnicas como post-its com as principais ideias, gráficos, tabelas, consulta de livros e/ou outras fontes de conhecimento e muitas outras, se quisermos “dar asas” à criatividade.

Agora que já estão lançadas algumas ideias, vamos experimentar com os filhos, netos, sobrinhos, ou connosco mesmos uma forma diferente de estudar?

 


Pode ler (aqui) todos os artigos de Filipa Marques.

Filipa Marques Psicologia


 

Partilhe o Artigo

Leia também