O ministro da administração Interna apresentou ontem, em conferência de imprensa, as medidas sanitárias decididas para as eleições presidenciais que se realizam no próximo dia 24 de janeiro.
É a primeira vez que Portugal vai a eleições num quadro de estado de emergência e as medidas tomadas pelo governo pretendem garantir que “ir a uma secção de voto seja tão seguro como ir a uma escola, mais seguro do que ir a um supermercado ou a um restaurante”.
As principais medidas passam pela redução do número de eleitores por mesa de voto, pelo facto de todos os eleitores de deverem fazer-se acompanhar por uma caneta e pelo alargamento significativo do voto antecipado.
A redução do número de eleitores por mesa de voto significa a redução dos habituais 1.500 cidadãos, para 1.000 por mesa de voto, tendo sido criadas mais 2.800 secções de voto.
Eduardo Cabrita anunciou: “vamos passar de pouco mais de 10.000 secções de voto para cerca de 13.000 secções de voto e este é também um contributo para a redução dos ajuntamentos, das filas no momento de exercício de direito de voto”.
O ministro anunciou ainda que “o cidadão deve levar a sua própria caneta” visto que desta vez não “haverá a histórica caneta” na assembleia de voto como habitualmente acontecia, de modo a evitar que os eleitores utilizem as mesmas canetas, o que aumentaria o risco de contágio.
Em relação ao voto antecipado, o mesmo poderá ser solicitado até dia 14 de janeiro, através do site www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal. O voto antecipado em mobilidade foi alargado e pode agora ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do País.
Este ano as pessoas em isolamento profilático obrigatório decretado pelas autoridades sanitárias podem requerera o voto antecipado, entre 14 e 17 de janeiro.
O ministro anunciou ontem que “tudo está a ser feito para que as pessoas que, por razões de saúde pública, estão internadas em estruturas residenciais para idosos, sejam equiparados a cidadãos em situação de isolamento profilático” permitindo assim aos idosos residentes em lares o voto antecipado.
A recolha dos votos nos lares deverá ser efetuada por “equipas organizadas pelas autarquias” com o apoio da Administração Eleitoral e também das forças de segurança, que se deslocarão aos lares, onde deverá ser “encontrado um espaço para exercício do direito de voto e o acompanhamento pelos representantes das candidaturas”.
Até às 18h00 de ontem – 1º dia de abertura das inscrições – existiam já 20.248 inscrições para voto antecipado.