De acordo com o Delegado de Saúde de Torres Vedras, Nuno Rodrigues, a situação epidemiológica no concelho de Torres Vedras causada pela Covid-19 é “bastante estável”.
Não descartando a hipótese de que ainda possa existir alguma circulação do vírus na comunidade que “certamente se está a traduzir por casos muito leves”, sendo que os últimos casos detetados são todos assintomáticos, apenas tendo sido detetados “ou nos rastreios promovidos pela câmara municipal ou em rastreios das próprias instituições”. Aquela entidade afirmou ainda que “neste momento, em termos de resposta, tanto do Centro Hospitalar do Oeste como do Centro de saúde de Torres Vedras, a resposta é total, há capacidade para receber mais doentes se for necessário”. Tal como se verifica a nível nacional é possível que existam casos não detetados na comunidade, que apenas com “um teste massivo se conseguirão detetar”.
Segundo Nuno Rodrigues, nesta fase “as coisas estão controladas aqui em Torres Vedras, admite-se a possibilidade de uma reabertura parcial. A nossa opinião técnica é que de fato deveria começar pelos escalões mais jovens, que tem pais mais novos”.
Mas se a “situação em Torres Vedras é perfeitamente estável e controlável” e a equipa de saúde pública consegue acompanhar e consegue controlar os novos casos, o mesmo já não ocorre a nível da região (Lisboa e vale do Tejo), onde existem vários focos que não estão controlados, onde há uma “forte transmissão comunitária” como é o “caso de Sintra e Loures por exemplo”.
Existindo “estas situações abaixo de nós, na Área Metropolitana de Lisboa (AML) é com muitas reservas que vemos a abertura” apesar de “achamos que sim, que de facto tem de haver alguma abertura, porque a economia está muito parada e isso trás outros impactos sociais e económicos, mas em termos de controle da epidemia, em termos de saúde pública, se nesta fase fosse aberta muita coisa, rapidamente poderia descambar aqui na AML” e “nós aqui em Torres Vedras, naturalmente, temos a situação controlada, mas também rapidamente podemos deixar de ter”.
Nuno Rodrigues referiu ainda que o concelho de Mafra “tem uma transmissão comunitária muito intensa”, embora tenha um pouco mais de população, nesta fase, regista “mais do dobro dos nossos casos (Torres Vedras), o que reflete a tal proximidade e as tais ligações ainda mais fortes que nos temos, a Lisboa.”