Foram hoje divulgados os primeiros resultados do Barómetro Covid-19, uma parceria Escola Nacional de Saúde Pública/Expresso, que pretende acompanhar passo-a-passo a evolução da pandemia da Covid-19 em Portugal.
O inquérito foi realizado entre 21 e 25 de março de 2020 e os dados que a seguir se apresentam tiveram por base as primeiras 100 mil respostas ao questionário. Estas 100.000 respostas revelaram dados “sobre a adesão à medida do isolamento físico, à confiança das pessoas na capacidade de resposta dos serviços de saúde, ao estado da sua saúde mental e aos receios sobre a possibilidade de escassez de bens de primeira necessidade e de perda de rendimento devido à situação atual de pandemia”.
- 92% das pessoas afirmaram estar em casa e apenas sair em caso de absoluta necessidade. Destacando-se aqui, os participantes acima dos 65 anos de idade (97.7%).
Em relação à capacidade de resposta dos serviços de saúde, a maioria dos portugueses (51.7%) referem estar “confiantes” ou “muito confiantes”.
- 83% dos participantes neste inquérito já se sentiu “em baixo, agitado, ansioso ou triste devido às medidas de distanciamento físico”, sendo que mais de 26% das pessoas disse sentir-se assim “diariamente ou quase todos os dias”. A faixa etária mais afetada com esta situação encontra-se entre os 16 e os 25 anos.
O medo da “interrupção do fornecimento de bens de primeira necessidade” é semelhante entre homens e mulheres e equilibrada entre grupos etários, rondando o 40% dos participantes neste inquérito.
O grupo etário acima dos 65 anos é o que mostra menos receio em perder o seu rendimento devido à situação provocada com Covid-19, sendo que 60% dos inquiridos revelam ter receio.