O Ministério do Ambiente e da Ação Climática acaba de emitir uma nota acerca das repercussões do conflito Rússia-Ucrânia no abastecimento de combustíveis a Portugal. Nessa nota, o ministério refere que “face à escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que necessariamente terá implicações globais, desde logo nos mercados energéticos dado que, entre outros, a Rússia representa cerca de 40% das importações de gás natural (GN) da Europa”, importa esclarecer que:
- Em 2021, somente 10% das importações de GN são provenientes da Rússia, pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal
- Sendo o mercado de GN global, existem diversos fornecedores que poderão representar uma alternativa segura e viável ao GN vindo da Rússia
- Portugal dispõe de elevados níveis de armazenamento de GN (79,2% da capacidade total), que atualmente é dos valores mais elevados da Europa em termos percentuais
- No que respeita ao Petróleo Bruto (crude) e seus Derivados, não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020
- Portugal dispõe de reservas estratégicas de crude e de combustíveis (gasolina, gasóleo e GPL), os quais, no caso dos combustíveis, são suficientes para garantir o consumo nacional durante 90 dias