Desde 2019 que, anualmente, o MPMP (Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa) atribui o Prémio Musa, criado para “fomentar a excelência musical da composição contemporânea de tradição erudita ocidental e de, nesse contexto, promover a língua portuguesa como veículo expressivo através da premiação de obras inéditas”.
A edição deste ano foi dedicada a Natália Correia e por isso as obras apresentadas a concurso deveriam ser compostas para “voz feminina solo, com ou sem electrónica ou outros meios transdisciplinares”.
De acordo com o regulamento do prémio, foram dadas como admitidas a concurso seis candidaturas, uma delas, a do compositor mafrense Diogo da Costa Ferreira.
Menção honrosa à ópera-monodrama “Há que ser rio”
O júri, composto por Raquel Camarinha, Rui Penha e Ângela da Ponte, decidiu, por unanimidade, a atribuição de uma menção honrosa à ópera-monodrama “Há que ser rio” da autoria de Diogo da Costa Ferreira.
O compositor terá a sua obra gravada e distribuída em álbum digital.
Diogo da Costa Ferreira, natural do concelho de Mafra, é compositor, escritor e professor. Formou-se em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, frequentou o mestrado em estética e estudos artísticos e o mestrado em filosofia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA.
Em 2021, Diogo da Costa Ferreira recebeu o prémio International Composition Award for the Six Historic Organs of Mafra (Prémio Internacional de Composição para os Seis Órgãos Históricos) e o Prémio Jovens Criadores 2021 (Música), atribuído por unanimidade pelo Centro Nacional de Cultura.
Nos últimos anos estreou as óperas “Multidão” (2018), no Teatro Thalia, com encenação de Luís Madureira, “Esta Ítaca que não encontro” (2020) no Festival OperaFest 2020, com a encenação de António Pires, e “Paramos ou Morremos” (2021), ópera multimedia para o espaço público, criada para o Quarteto Contratempus.
[imagem: Prémio MUSA]
