Como a Tapada Nacional de Mafra tenta minimizar a seca

 

A seca que o país e o mundo atravessam é um tema que nos afeta todos, e a Tapada Nacional de Mafra não é exceção.

No passado fim de semana, a Tapada Nacional de Mafra explicou que medidas tomou para “minimizar a Seca” na Floresta Encantada, nos seguintes termos:

“A nossa floresta única é composta por duas áreas de maior relevo e um vale principal, talhado pela ribeira de Safarujo.

A ribeira de Safarujo é alimentada por pequenas linhas de água, sendo por isso, essencialmente de regime torrencial. A sua nascente está na serra do Jerumelo, entra na Tapada no vale da guarda e sai no Codeçal engrossando a ribeira do sobral.

Apesar da Ribeira principal estar seca a maior parte do ano, a importância da água vinda da Tapada para o Palácio remonta à sua construção, especialmente importante com o aumento número de habitantes do lado conventual.

A dispersão de captações e os reduzidos caudais de extração revelaram-se pouco eficazes no abastecimento do estaleiro e posteriormente do edifício gigantesco. Justificou-se, então, a construção do aqueduto que veio a reunir as águas do Sunível e conduzi-las ao Jardim do Cerco, onde seriam armazenadas e distribuídas entre palácio, convento, anexos, jardins, hortas e pomares.

O aqueduto de 5.402m de extensão envolveu à partida: o aproveitamento de nascentes ou a abertura de minas, sendo composto por 50 captações superficiais referentes a 83 nascentes, um sistema hidráulico com mães de água, câmaras e caixas de derivação.

Todo o traçado do aqueduto adapta-se à topografia rodeando as elevações e aproveitando-se exclusivamente da força gravitacional.

Ainda assim em anos de seca como os que temos vivenciado, é necessário monitorizar e encher todos os tanques, também porque vazios se danificam com facilidade, e colocar bebedouros que são espalhados pela floresta.

A importância da água vai muito para além da necessidade dos grande cervídeos e javalis, uma vez que diferentes espécies dependem da mesma.

Encontramos nas charcas, tanques e outros reservatórios espécies como rãs, sapos, tritões, libelinhas e outros insetos, que nesta altura, depositam os seus ovos na água, entre outras espécies.

Felizmente os muitos poços que aqui existem, vão permitindo fazer face a algumas minas e charcas que já estão sem água.”

Espera-se que estas medidas possam minimizar, efetivamente, a situação de seca, por que também a Tapada está a passar.

 

[Imagens: TNM]

 

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