Os carros alegóricos do princípio do século XX, originariamente de tração animal, patenteiam aquilo que são hoje: criatividade na sua conceção, carga satírica, valorização de elementos plásticos e animação das alegorias. É por tudo isto que são, desde sempre, uma das imagens de marca do Carnaval de Torres Vedras.
As suas grandes dimensões estão materializadas nos 14 metros de comprimento e 4 metros de largura. Frequentemente atingem os 6,5 metros de altura.
Este ano o carnaval conta com os seguintes 7 carros alegóricos:
“A conquista das medalhas”
Autor: Modelo de Impacto, Lda
Neste carro alegórico temos o objetivo de satirizar e homenagear os nossos atletas pelos seus feitos e conquistas de medalhas a nível mundial. Estão presentes Fernando Pimenta, Nelson Évora, Inês Henriques e Miguel Oliveira, correndo atrás do Galo de Barcelos com o objetivo de recuperar as suas medalhas que terão sido roubadas. Cristiano Ronaldo assiste a toda esta corrida sentado e descontraído.
“A Luta pela Paz”
Autor: Modelo de Impacto, Lda
Neste carro alegórico está representada uma luta pela pomba da paz entre Kim e Trump, em cima do globo terrestre. Observando esta luta, encontram-se os prémios Nobel da Paz: Nelson Mandela, Dalai Lama e Madre Teresa de Calcutá, assustados pelo que estão a ver.
“O que é Nacional é bom”
Autor: Fernando Sarzedas
Esta caravela com a “vela-bacalhau” enfunada, transporta para todo o mundo os produtos portugueses que marcam parte da nossa identidade. Com o “Galo de Barcelos-fadista na vanguarda, seguem o “guitarristapera rocha” bem acompanhado pelo músico de Barcelos
e a bailarina de Estremoz, ex-líbris do artesanato barrista português. E, é claro, não podia faltar o acompanhamento dum bom vinho. Na embarcação vão também rolhas e outros objetos de cortiça, a cesta de verga carregadinha com vinhos, doces e compotas, artesanato e sardinhas e tanto mais “Made in Portugal”.
“Boi manso”
Autor: Modelo Impacto, Lda
Neste carro alegórico está representada uma típica cena de uma tourada portuguesa. Os governantes fazem uma pega de caras ao Zé Povinho, representado por um boi manso amedrontado por esta investida dos forcados. Enquanto isso, o “boi manso” é consolado pelo Presidente da República.
“O Comboio Fantasma”
Autor: Gravity Balance, Lda
A Linha do Oeste está revitalizada, revigorada, redecorada e renomeada e dá lugar ao Comboio Fantasma do Oeste! À falta de carruagens, cumprimento de horários, bilheteiras abertas e máquina de comunicação, Carlos Bernardes assume a gestão da Linha e ocupa a bilheteira deste novo “divertimento”, no dia da sua inauguração! Aí está o Comboio Fantasma! Para a inauguração, o Castelo de Torres Vedras sofre uma transformação radical, para deixar passar através de um Túnel o comboio, saído diretamente das catacumbas, decorado à moda da Feira de São Pedro e com carruagens personalizadas para três ocupantes. No Castelo, os ex-presidentes de Câmara assumem o papel de “fantasminhas”, que dão a partida para uma viagem que tem hora de partida, mas não se sabe quando vai chegar.
No apeadeiro de Torres Vedras, habituados à espera, encontram-se os vereadores do PSD, já
com teias de aranha, há tantos anos que aguardam que o comboio das eleições os apanhe…
Afinal, é só mais uma vez que ficam à espera! Jorge Ralha, mestre das invenções e maquinações diabólicas, tem um novo artefacto em mãos e, após rigoroso estudo, apresenta os números da vergonha da Linha do Oeste, contribuindo para a decisão da remodelação da linha sem dar bem conta do seu precioso contributo.
“Fado de Portugal”
Autor: Modelo Impacto, Lda
Este carro alegórico satiriza António Costa enquanto toca guitarra portuguesa… Mas a afinação desta guitarra é feita através do estrangulamento do Zé Povinho.
Carro dos Reis
É aqui que são transportadas Suas Altezas, os Reis do Carnaval de Torres Vedras, que seguem
num trono real erguido e escoltado pelas figuras que dão forma à história do Carnaval “mais
português de Portugal”: Ministros, Matrafonas (aqui representadas através de Corneta), Maria
Cachucha, Confraria do Carnaval, Zés Pereiras, Xico da Bola e um Bobo da Corte que não quis
faltar à festa. A passagem do carro, que parece ser puxado por enormes cavalos dourados,
satisfaz milhares de foliões e folionas que anseiam poder acenar aos Reis durante os corsos
carnavalescos. Afinal, são eles que regem a cidade ao longo destes seis dias