Cadernetas bancárias deixam de permitir fazer levantamentos e transferências esta semana
A partir de sábado, 14 de setembro, deixa de ser possível efetuar levantamentos de dinheiro, pagamentos ou transferências bancarias com a caderneta bancaria nas caixas automática, passando apenas a ser possível consultar movimentos e saldos.
Os clientes da Caixa Geral de Depósitos (CGD), do Banco Montepio e da Caixa Agrícola tem agora de optar por cartões de débito, por cheques ou por outros meios, que segundo a Deco tem os seus custos.
O Montepio e o Crédito Agrícola ainda não anunciaram os custos que os clientes passam a ter com os cartões de débito. Na CGD a primeira anuidade é gratuita, mas no ano seguinte a anuidade de cartão de débito pode custar 18 €.
Esta alterações vão afetar sobretudo os clientes mais idosos, pelo que a Deco alerta para o fato de alguns deles serem pessoas “com poucas condições financeiras e um orçamento apertado”. Defendendo assim a “gratuitidade do cartão além de um ano” uma vez que esta “mudança foi imposta aos consumidores, que não pediram alterações ao serviço. Por isso, neste caso, à semelhança das cadernetas, os novos cartões deveriam ser gratuitos de forma vitalícia”.
O “fim” das Cadernetas é uma imposição de Bruxelas, relacionada com a Directiva Europeia de Serviços de Pagamento, e prende-se com razões de segurança.
A segurança da maioria das cadernetas “não é compatível com os requisitos estabelecidos a nível europeu para a autenticação forte”, afirmou o Banco de Portugal à Renascença. As cadernetas eram lidas apenas com recurso à banda magnética e introdução do PIN mas “este tipo de autenticação tem de ser feita com vários elementos: de conhecimento (como uma palavra-passe que só o utilizador conhece), posse (como um telemóvel) ou inerência (como uma impressão digital)”.