O documento que se apresenta de seguida, datado de 8 de Março, da responsabilidade do Serviço Municipal de Protecção Civil – documento recentemente vertido nas redes sociais -, vem demonstrar que ao contrário do que por vezes se dá a entender em intervenções informais de dirigentes locais ou através de vídeos privados produzidos por vereadores da maioria e publicados nas redes sociais, a realidade é que não terá sido a Protecção Civil dependente do Município de Mafra, ou o próprio município, a demonstrar preocupação, ou a tomar medidas relativamente a uma eventual situação de perigo relacionada com o estado de degradação dos sinos do Palácio Nacional de Mafra.
Foi afinal, a DGPC (Direcção Geral do Património Cultural), um organismo do Ministério da Cultura, que lá de Lisboa, e em função do sismo ocorrido em Arraiolos a 15 de Janeiro, considerou que faria sentido proteger os munícipes de Mafra e os visitantes, através da instalação de baías de protecção em torno das áreas fronteiras aos sinos escorados nas tores da Basílica.
O documento que apresentamos de seguida, mostra que a reunião desencadeadora deste processo, datada de 31 de Janeiro, foi uma iniciativa de Lisboa e, ao contrário do que em princípio seria de esperar – as autoridades locais estariam, em tese, mais próximas das populações, sendo essa uma das razões da sua existência e dos recursos que o estado e os cidadãos lhes atribuem, no caso da Câmara de Mafra, 50 milhões de euros em 2018 – não foram as autoridades locais a proceder à necessária análise de riscos, capaz de prevenir danos, ou a manifestar vontade de desencadear medidas de protecção, mas que terá sido Lisboa a olhar para Mafra.