Aviso à população devido ao agravamento do estado do tempo

Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil AVISO À POPULAÇÃO

Aviso à população devido ao agravamento do estado do tempo em Portugal continental

 

Dado que as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para os próximos dias apontam para um agravamento do estado do tempo em Portugal continental (com precipitação, por vezes forte, vento, agitação marítima e queda de neve), a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu o seguinte aviso à população:

Aviso à população

Chuva, vento, agitação marítima e queda de neve – medidas preventivas

1. Situação

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, para os próximos dias, um agravamento do estado do tempo em Portugal continental com precipitação, por vezes forte, vento, agitação marítima e queda de neve, destacando-se o seguinte:
–    Períodos de chuva, por vezes forte, de granizo e acompanhada de trovoada;
–    Vento do quadrante sul com rajadas até 85 km/h no litoral e 100 km/h nas terras altas;
–    Agitação marítima forte na costa ocidental com ondas até 5 metros, podendo atingir os 6 metros a sul do Cabo Carvoeiro, no dia 9 de março;
–    Queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela no dia 7 de março, descendo a cota para 1000 a 1200 metros nas regiões Norte e Centro, a partir de sábado, 8 de março.

2. Efeitos expectáveis

Os episódios de precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve, estão normalmente associados:
–   À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
–   À ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
–  À instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
–   A  piso  rodoviário  escorregadio  devido  à  possível  formação  de  lençóis  de  água  ou  à acumulação de gelo e/ou neve;
–   Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
–  Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
–   Desconforto térmico na população devido ao aumento da intensidade do vento.

3. Medidas preventivas

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
–   Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
–   Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
–   Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
–   Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
–   Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
–   Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
•    Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
•    Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
•    Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
•    Nos veículos elétricos, deve ser verificada a carga da bateria e analisada a existência de postos de carregamento no seu itinerário;
•    Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
•    Providenciar  alimentos  adequados  em  quantidade  e  características,  assim  como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.

–   Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
–   Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
–   Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
–   Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
–   Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;
–   Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

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