Devido à passagem da tempestade Dora pelo nosso país, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um agravamento das condições meteorológicas para as próximas 24 horas.
Estas previsões levaram a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a enviar mensagens SMS à população.
Das previsões agora divulgadas destacam-se:
- Vento a intensificar a partir de hoje, diminuindo de intensidade nas terras altas a partir da manhã, dia 4 de dezembro, e no litoral a partir da manhã do dia 5, com rajadas até 75 km/h na costa ocidental e até 95 km/h nas terras altas.
- Formação de geada em especial no interior Norte e Centro.
- Descida da temperatura (desconforto térmico devido ao vento forte).
- Precipitação a partir de hoje, podendo ser pontualmente forte no dia 4 no norte e centro, com condições favoráveis à ocorrência de trovoada e granizo.
- Queda de neve a partir da tarde de hoje acima de 1400 metros de altitude, descendo para os 600 metros de altitude a partir da madrugada do dia 4. Persistência de queda de neve fraca no dia 5, subindo gradualmente para 1000 metros de altitude.
- Aumento da agitação marítima na costa ocidental, com ondas de noroeste a poder atingir mais de 7 metros no dia 4.
Em comunicado, a ANEPC alerta para os efeitos expectáveis e para as medidas preventivas que devem ser tomadas.
Efeitos Expectáveis:
- Gelo, neve e formação de lençóis de água;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
- Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento forte, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
- Possíveis acidentes na orla costeira;
Aumento do desconforto térmico na população, devido às baixas temperaturas e do vento intenso, em especial nas noites de quinta para sexta-feira e de sexta-feira para sábado.
Medidas preventivas:
A ANEPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água e gelo nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
- Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
- Transporte e colocação das correntes de neve nas viaturas;
- Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
- Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
- Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
- Nas vias afetadas pela acumulação de neve, são desaconselhadas viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
- Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos na orla marítima;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.