2021 é ano de eleições autárquicas, devendo estas ser marcadas com 80 dias de antecedência, para uma data entre 22 de setembro e 14 de outubro, cabendo ao governo a sua marcação.
O PSD, que já tinha aberto a porta ao adiamento das presidenciais, parece novamente inclinado para um adiamento das eleições autárquicas, adiamento este que, tal como no caso das presidenciais, tem na sua base razões relacionadas com o curso da pandemia e com os efeitos que esta poderia ter no aumento da abstenção.
Rui Rio colocou a hipótese de adiamento, referindo mesmo, que será necessário refletir sobre isso, fazendo-o rapidamente e de uma forma “séria”.
O PS parece não estar, para já, pelos ajustes. José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto daquela força política, afirmou recentemente que “talvez o líder da oposição esteja com receio de se confrontar com a sua oposição interna”, indiciando já qual poderá vir a ser a posição do partido do governo.
O adiamento das eleições, cuja data de realização cabe ao governo decidir, exige que a lei eleitoral seja alterada, e isso só poderá ocorrer por maioria qualificada (2 terços dos votos na Assembleia da República) exigindo assim, que PSD e PS se pusessem de acordo nesta matéria.