Os candidatos do Iniciativa Liberal à Câmara Municipal de Loures, à Câmara Municipal de Odivelas e Eunice Quintas, Candidata à Câmara Municipal de Mafra emitiram um comunicado conjunto, no “âmbito de uma necessária colaboração intermunicipal, acerca do futuro do Hospital Beatriz Ângelo”.
O Hospital Beatriz Ângelo, uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Estado Português e o Grupo Luz Saúde, foi inaugurado em 2012 e tem uma área de influência de perto de 500 km2 e mais de 300.000 utentes, entre eles os utentes das freguesias de Milharado, UF Malveira e S. Miguel de Alcainça e UF Venda do Pinheiro e Santo Estêvão das Galés no concelho de Mafra.
O referido comunicado, vem “denunciar que o que está a ocorrer, no terreno, é um processo de transição para uma gestão pública e que a poucos meses da mesma não foi efetuado um planeamento atempado, o que está a gerar uma enorme incerteza nos profissionais e poderá ser responsável por falhas gravíssimas de resposta à população” e “comunicar as suas propostas e exigências para garantir que a Saúde em Loures, Odivelas e Mafra não sofra com esta perseguição ideológica da gestão do Hospital Beatriz Ângelo”.
Ainda segundo a IL, tendo em conta o recente relatório apresentado pelo Tribunal de Contas (TdC), os “hospitais do SNS geridos em modelo PPP são mais eficientes, com custos operacionais por doente mais baixos e “Os utentes dos Hospitais geridos em PPP estão protegidos por padrões de qualidade mais exigentes do que os aplicados na monitorização dos hospitais de gestão pública”.”.
A IL realça o facto de o Tribunal de Contas ter referido que o “Hospital Beatriz Ângelo é o segundo hospital mais barato para o estado (custo médio por doente) em todo o SNS (sendo os 3 mais baratos do SNS, hospitais geridos em modelo PPP, durante o período da avaliação)”.
Os candidatos do IL reuniram com administração do HBA, administração que, nas palavras daquela organização política referiu descreveu um clima de “falta de comunicação, de transparência e de competência por parte do Estado. Um Estado que não responde, que colocou a ideologia à frente dos interesses dos utentes e que colocou barreiras contratuais impossíveis de ultrapassar”. Da reunião ocorrida com Secretário de Estado da Saúde referem ter recebido “hospitalidade e simpatia, mas poucas respostas”.
Relativamente ao modelo de gestão do hospital, a IL defende que “(…) só se defende verdadeiramente o SNS em Portugal se se encontrarem caminhos que garantam uma real universalidade no seu acesso, e uma real qualidade de serviço ao Utente, sem constrangimentos ou limitações ideológicas” e que “nenhum dos ainda Presidentes de Câmara em funções está a lutar pela Saúde dos seus Munícipes. Nem Hugo Martins em Odivelas, nem Hélder Silva em Mafra nem Bernardino Soares, em Loures”.