Autárquicas 2021 | Mafra – Entrevista com Jorge Alcobia Pereira [PAN]

 

Jornal de Mafra (JM) – Quem é Jorge Alcobia Pereira?
Jorge Alcobia Pereira – Nasci em Almada há 69 anos. Quando casei fui viver para Cascais durante um ano. Estive na Força Aérea e também estive em Angola. Estive envolvido no 25 de abril, esse foi um período engraçado. Depois disso fui para a banca, onde trabalhei 30 anos, quando me reformei, e porque acho que se deixarmos de trabalhar envelhecemos mais rapidamente, continuei a trabalhar. Neste momento sou auditor de qualidade numa empresa da área financeira. Também estive ligado ao CD Mafra, ao clube da Venda do Pinheiro e à academia de futebol do Livramento, onde fui diretor do futebol juvenil.

Em termos políticos, só estive no PAN, embora tenha estado envolvido no 25 de abril e na campanha de António Guterres, que tomo como uma pessoa séria, um bocadinho fora do tradicional. Em 2017 interessei-me pelas ideias do PAN, colaborei com a campanha autárquica e depois acabei por me filiar.

Sou Secretário Nacional Permanente do PAN, eleito por unanimidade da comissão política e é este agora o meu trabalho a tempo inteiro.

JM – Tem animais de estimação?
Jorge Alcobia Pereira –
Só tenho 6 cães e 11 gatos. Tenho espaço no Alentejo, na minha casa de Monforte. Tenho colaborado com associações, colaborei com a AMIRA [Associação Mafra Intervenção e Resgate Animal], mas colaborei durante mais tempo com a Associação Canina da Fonte do Lobo em Almargem do Bispo.

Os concelhos pequenos como o nosso têm algumas vantagens, mas têm também grandes desvantagens, quando temos um partido hegemónico

JM – A sustentabilidade do planeta é uma das bandeiras do PAN. Como  se atinge esse objetivo?
Jorge Alcobia Pereira – Desde logo, mudando os nossos hábitos, mudando a forma como estamos no planeta, não só em termos de consumo de produtos animais, embora isso seja fundamental, defendemos essa redução, mas ao contrário daquilo que alguns dizem, não somos fundamentalistas e entendemos que este é um processo gradual.

Eu tinha uma alimentação chamemos-lhe “normal”, mas pouco a pouco comecei a consciencializar-me. Não vou dizer que sou vegan, sou vegetariano. Este é um caminho gradual, à medida que vamos ganhando a perceção que o planeta é de todos e que há muito a fazer para evitarmos chegar a um beco sem saída, sendo para aí que caminhamos.

JM – E qual é a saída?
Jorge Alcobia Pereira – Temos que mudar o nosso pensamento económico extrativista. Não devemos continuar a extrair da Terra tudo aquilo que ela nos possa dar até à exaustão, temos de começar a ser mais regrados, a consumir segundo as nossas necessidades e a não consumir, só por consumir.

As alterações climáticas seriam sempre inevitáveis, nós sabemos que há períodos glaciares, mas aquilo que fizemos foi antecipar isso, precipitámos esse acontecimento.

JM – Mas em termos práticos, que soluções propõem?
Jorge Alcobia Pereira – A redução do consumo de produtos animais é bastante importante, pois o consumo exagerado de carne e de produtos de origem animal é uma das questões que se prende com as alterações climáticas. A pecuária intensiva acaba por produzir bastantes resíduos, nomeadamente em termos dos gazes emitidos para a atmosfera.

JM – Que avaliação faz da política ambiental da Câmara de Mafra?
Jorge Alcobia Pereira – A Câmara Municipal de Mafra não será das piores do país, é um facto, mas ainda há muito a fazer.

Apesar do concelho ter um aspeto “arrumadinho”, temos ainda situações bizarras, como por exemplo, podas excessivas de árvores, como ocorreu recentemente e na recolha de resíduos podíamos estar muito mais avançados, como já ocorre nos concelhos de Matosinhos e da Póvoa de Varzim, que estão muito mais avançados do que Mafra, na verdade, podíamos fazer mais.

Na Assembleia Municipal, o PAN fez algumas tentativas de avançar nesse sentido, tentativas que foram chumbadas, mas devo dizer que Mafra é um concelho agradável para viver, podíamos era fazer muito mais, por isso mesmo, gostaríamos que levassem mais em conta as nossas sugestões.

JM – Nunca esteve na mesa fazer ua negociação prévia com os outros partidos, no sentido de facilitar a aprovação dessas propostas?
Jorge Alcobia Pereira – Nós fizemos algumas tentativas de propor uma maior transparência na Assembleia Municipal, propusemos que as sessões passassem a ser emitidas em direto, mas a proposta foi chumbada. Fomos percursores, quando apresentamos as nossas moções com antecedência, para que os outros partidos as possam estudar, aqui, os restantes partidos começaram a perceber que nós tínhamos alguma razão e fomos mesmo elogiados pelo Presidente da Assembleia Municipal. Começou também a haver encontros de líderes antes das reuniões e embora ainda não se façam aí acordos, penso que estejamos a ir nesse sentido.

É aquela posição do quero, posso e mando, e são pessoas muito simpáticas, como é o caso do Engenheiro Hélder Silva, damo-nos bem, mas depois as coisas não andam porque eles podem

JM – O PAN afirma que “a transparência devia ser um imperativo no exercício político”. Que avaliação faz do exercício da transparência por parte da maioria? Que iniciativas tomou o PAN neste âmbito?
Jorge Alcobia Pereira – Nós damos muita importância à transparência. Como exemplo, não só a iniciativa que a Matilde tomou – em jeito de parêntesis, deixe-me dizer que a Matilde fez em excelente mandato na Assembleia Municipal – relacionada com a transmissão das assembleias, proposta não aprovada, mas também, noutro âmbito, a nossa proposta de instalação de câmaras de vigilância no matadouro, proposta também liminarmente chumbada e que acabou mesmo por dar aso a algumas trocas desagradáveis de argumentos.

Depois, os concelhos pequenos como o nosso têm algumas vantagens, mas têm também grandes desvantagens, quando temos um partido hegemónico. As pessoas habituaram-se a que podem fazer tudo. Quando as moções chegam à Assembleia Municipal e são aprovadas, nós sentimos sempre que é um favor que nos estão a fazer. Dou-lhe um exemplo, há várias propostas nossas que foram aprovadas, mas no final os elementos da maioria dizem “nós até já tínhamos pensado nisso e aprovamos, porque íamos apresentar a seguir”, ou seja, há alguma sobranceria nesta forma de estar na política. São todos pessoas muito simpáticas, muito agradáveis a falar, mas nota-se que há ali alguma sobranceria.

Nós apresentámos uma moção que foi aprovada, tendente a adaptar os parques infantis para pessoas deficientes, há efetivamente um, mas conhece mais algum? Parques caninos, temos aquele pequeníssimo na Venda do Pinheiro… conhece outro? Propusemos praias para cães, nas a proposta foi liminarmente chumbada. A campanha contra o acorrentamento de cães também foi aprovada, mas vê por aí alguma campanha no terreno?

É aquela posição do quero, posso e mando, e são pessoas muito simpáticas, como é o caso do Engenheiro Hélder Silva, até nos damo-nos bem, mas depois as coisas não andam porque eles podem. Enquanto as pessoas não pensarem que é a altura de mudar o sentido de voto, vamos continuar nisto.

JM – Há dois partidos novos a concorrer aqui às autárquicas, pensa que isto poderá alterar a relação de forças no concelho?
Jorge Alcobia Pereira –  Penso que isso poderá ter alguma influência no concelho, embora talvez não tanta como noutros concelhos em que as pessoas vão mais atrás de populismos. O Chega é indiscutivelmente um partido populista e não é segredo que o PAN tem, digamos assim, alguma alergia ao Chega. Creio que haverá alguma votação nesse partido, que poderá causar algum desequilibrio na atual maioria, mas em termos de perda de votos estou convencido de que roubará mais votos ao CDS do que ao PSD e penso que esse desequilibrio será menos significativo quando comparado com o que poderá ocorrer noutros concelhos, e a razão é simples, aqui os argumentos tradicionais do Chega não colam tanto.

O Chega é, de qualquer modo, um partido antidemocrático e com o qual nós todos nos devemos preocupar

JM – Está a referir-se sobretudo aos problemas de segurança, é isso?
Jorge Alcobia Pereira –  Sim. Por exemplo, os problemas de segurança, que aqui no concelho não são expressivos. Na linha de Sintra, por exemplo, a situação já é diferente.

O Chega é, de qualquer modo, um partido antidemocrático e com o qual nós todos nos devemos preocupar.

JM – O PAN diz-se um partido animalista. O que é que isso significa no plano político?
Jorge Alcobia Pereira – Como ocorre com todos os partidos, o PAN também evolui ideologicamente. Na sua génese o PAN era mesmo o partido dos animais, mas se éramos então um partido fundamentalmente virado para a causa animal, hoje somos muito mais abrangentes e temos preocupações ambientalistas ao mesmo nível das preocupações animalistas, e preocupamo-nos também com as pessoas e com as questões sociais, um exemplo disso, o papel importante que o PAN teve em Lisboa ao nível das políticas do “housing first”, para ajudar as pessoas sem-abrigo.

O PAN procura abarcar as três questões, Pessoas, Animais e Natureza.  Chamar-nos animalistas está muito ultrapassado.

JM – O PAN é também um partido de causas fraturantes? Lembro-me das touradas e das causas LGBT.
Jorge Alcobia Pereira – A propósito das touradas, essa foi uma questão que já levantámos aqui em Mafra. Aqui na Malveira tentámos limitar as atividades tauromáquicas, ou com touros, mas não conseguimos. As touradas são efetivamente uma bandeira nossa, de resto, essa é uma realidade que eu até conheço bem, da  zona de Santarém, e aproveitar o sofrimento de um animal, qualquer que ele seja, para gozo humano, é a expressão de uma qualquer psicopatia por parte de aqueles que gostam de ver isso.

Nem ponho em causa aqueles que comem animais, desde que o abate seja feito da forma mais indolor possível, até porque aqui não há gozo com o sofrimento, há sim, pessoas que ainda não conseguiram evoluir o suficiente para procurar outro tipo de alimentação, e não os crítico, não sou fundamentalista, procuro não o ser em nada. Mas estar a gozar com o sofrimento de um animal é sintoma de alguma psicopatia daqueles que fazem disso vida e também de quem gosta de ver.

Na verdade, elas [touradas] vão acabar por si, é uma questão de tempo, tal como acabnaram os autos de fé do tempo da inquisição

Tivemos tantas tradições com que acabámos. Tinhamos aquela tradição que impedia as mulheres de votar e a tradição que obrigava as mulheres a obedecer ao marido, mas temos de evoluir, e uma das nossas bandeiras é mesmo, acabar com as touradas. Na verdade, elas vão acabar por si, é uma questão de tempo, tal como acabaram os autos de fé do tempo da inquisição.

Por outro lado, sabemos que a comunidade LGBT é alvo de perseguição, tendo mesmo ocorrido mortes, como sucedeu já em Lisboa e conhecemos a terrível discriminação de que são alvo por esse país fora. Ne verdade, temos de começar a convencer-nos que somos todos iguais, eu nada tenho a ver com a orientação sexual das outras pessoas.

Há também a questão dos sem-abrigo. Uma sociedade com pessoas sem abrigo é uma sociedade que não evolui e embora saiba que há milhões de sem-abrigo pela Europa e pela Amértica, este problema tem de ser resolvido.

JM – O que manteria e o que alteraria no Plano de Recuperação e Resiliência de Mafra?
Jorge Alcobia Pereira – Se o plano tivesse sido feito pelo PAN teriamos um plano mais verde. Canalizariamos verbas para uma maior transformação, fomentando a agricultura biológica, de que já temos em Mafra alguns exemplos interessantes, que poderiam ter mais apoio. Poderiamos voltar a utilizar produtos do concelho, produtos biológicos, na confeção das refeições nas cantinas esculares.

Promoveriamos incentivos a nível familiar apoiando pessoas com maiores dificuldades, percebemos que devido à pandemia acabaram por surgir mais famílias com dificuldades. Nós propusemos um cheque-compra a distrubuir às famílias carenciadas, para ser utilizado no comércio local, uma medida que ajudaria simultaneamente as pessoas e o comércio local.

Os milhões que aí vêm são muito apeteciveis para quem já tem muito e o nosso receio é que os mais beneficiados sejam precisamente  aqueles que já têm muito. Quem se perfila para receber apoios, não são apenas os mais necessitados, resta saber qual será a capacidade do governo e da câmara para não canalizar para aí os recursos.

O PAN terá este ano veradores eleitos noutros concelhos […] temos boas perspetivas e temos bons candidatos

JM – Que outras propostas destacaria do vosso programa eleitoral para o próximo mandato?
Jorge Alcobia Pereira – Temos um ponto importante que tem a ver com os animais. Há um canil municipal em Mafra que tem bastantes carências. Não diria que não evoluimos, se comparar com aquilo que acontecia há 22 anos, quando vim para Mafra, evoluimos bastante, conseguimos agora ter um bom diálogo com a autarquia, mas falta dar um passo em frente. O canil é exiguo. A câmara tem ido buscar verbas ao programa CED, mas o grosso do trabaho está entregue às associações, com o trabalho a ser feito por voluntários e a ajuda fornecida pela câmara é muito insuficiente. Deu-lhes os terrenos, mas este foi um presente que acabou por se traduzir em mais trabalho para os voluntários. A câmara ajudou a terraplanar, fez as vedações e pouco mais, deu mais umas ajudas, agora com o covid foi lá levar umas rações, mas falta a água, falta a luz, falta a ajuda dos trabalhadores da autraquia e falta ampliar o canil ou desloca-lo para outro local e fazer um canil melhor, de raiz. Falta também um gabinete veterinário, como existe já em câmaras PSD, nomeadamente no Alentejo.

Temos um excelente diálogo com a câmara de Mafra, mas falta dar aquele passo qualitativo.

JM – Falou em voluntários, a quem coube a iniciativa das associações animais, mas a organização cabe à câmara, os fundos são do estado, o espaço é da câmara, não seria melhor ser a câmara assumir o controlo?
Jorge Alcobia Pereira – Estou à vontade em relação a isso, pois fui voluntário durante muitos anos. Os voluntários estão-se a substituir ao estado, à câmara, porque aquilo que fazem é uma obrigação da câmara, entidade que pura e simplesmente empurra para os voluntários, aquilo que devia ser o município a fazer. Os municípios têm de cumprir a lei e se isso acontecer, continuará a haver voluntários, mas sem a sobrecarga a que atualmente estão sujeitos.

A este nível há carências terríveis ao nível dos municípios nacionais e há também alguma falta de boa vontade, os cães e os gatos não votam, será por isso?

JM – Que avaliação faz do desempenho da maioria no mandato que agora termina, o que houve de melhor e o que houve de menos bom?

Jorge Alcobia Pereira – O que houve de melhor foi aquilo que nós empurrámos para fazer [risos]. A inscrição do palácio no património mundial da Unesco é um orgulho para todos os que residem em Mafra e para todos aqueles, que como nós gostam de Mafra.

Vou apresentar a minha posição pessoal. Eu fui militar durante 6 anos, na Força Aérea, mas uma das coisas que sempre me fez confusão e continua a fazer é o gosto que os militares têm pelas medalhas, mas as medalhas servem para pouco. A inscrição como património da Unesco é só uma medalha. Eu gostava era de ver isso traduzido numa melhor conservação, numa melhor utilização dos fundos, em algo que represente realmente benefícios para a população. Em que é que isso se traduz no dia a dia das pessoas?

O melhor foram também alguns arranjos de que a vila foi alvo. O concelho de Mafra é um concelho agradável para quem vem de fora, é um concelho agradável e onde as pessoas se sentem bem, mas temos o problema da gestão dos resíduos. É frequente ver os contentores a abarrotar, principalmente os da reciclagem, que ficam dias e dias sem serem levantados. Fizemos várias visitas à Tratolixo, onde verificámos a existência de grandes problemas de separação de lixos, e isso prende-se com todos nós, que devemos ter condsciência da importância da reciclagem, mas talvez valesse a pena a câmara insistir um pouco mais nessa questão. Há um projeto piloto na Ericeira e é chegado o tempo de estender isso ao resto do concelho.

A comunicação social local é pouco acarinhada se não estiver alinhada com quem está no poder e então, nos concelhos onde há maiorias absolutas, os mais acarinhasdos são aqueles que fazem os favores, ou que escrevem artigos elogiosos

A gestão do arvoredo é outra coisa que em Mafra deixa muito a desejar. Fizemos vários requerimentos à câmara a perguntaar porque é que foram feitas podas em alturas indevidas, quando as aves estavam a nidificar. Duvido que quem corta as árvores tenha conhecimentos suficientes para aquilo que está a fazer, devem estar, simplesmente, a cumprir ordens.

JM – Como olha para o panorama da comunicação social no concelho de Mafra?
Jorge Alcobia Pereira – A perceção que temos é que não existe uma verdadeira igualdade.

A comunicação social local é pouco acarinhada se não estiver alinhada com quem está no poder e então, nos concelhos onde há maiorias absolutas, os mais acarinhasdos são aqueles que fazem os favores, ou que escrevem artigos elogiosos.

Aqui em Mafra, a sensação que tenho é que a RCM é mais acarinhada do que os outros órgãos de comunicação social, posso estar enganado, mas é isso que penso. O que não significa que façam fretes, não estou a dizer isso. Também já dei uma entrevista à mafra tv, que há de sair agora em agosto.

Os poderes locais deviam financiar mas sem contrapartidas, sendo esse o grande problema da comunicação social local, que recebendo apoios da câmara, sobretudo em concelhos onde há maiorias absolutas, não sei se ficam devedores. Receber apoios do poder significa ficar-se dependente, é uma situação dificil, eu se estivesse no vosso lugar sentia-me numa situação difícil.

Digo-lhe, o PAN é um dos dois partidos que tem as contas todas certinhas, não temos empréstimos bancários, trabalhamos só com o nosso dinheiro, com as quotas dos nossos filiados e com a subvenção estatal a que todos os partidos têm direito. Por vezes, em campanhas eleitorais perguntam-nos, vocês não têm umas canetas para oferecer? Não, não temos, nós estamos aqui para defender as nossas ideias e não para andar a distribuir brindes., caso contrário, teriamos de fazer como os outros, acha que o PS e o PSD, em consciência, alguma vez se podem virar contra a banca ou exigir alguma coisa da banca, quando são devedores de milhões à banca? Impossível.

JM – Quais são os objetivos do PAN para estas autárquicas?
Jorge Alcobia Pereira – Estamos com alguma ambição. Temos a perceção que é difícil eleger um vereador, embora gostássemos muito que isso acontecesse, de resto, o PAN terá este ano veradores eleitos noutros concelhos, que não em Mafra.

Em Mafra, o nosso objetivo passa por duplicar a representação na Assembleia Municipal e por elegermos o nosso primeiro representante na Assembleia de Freguesia de Mafra, onde concorremos pela primeira vez. Crescemos bastate nos últimos tempos em termos de filiados e de gente que vem ter connosco.

A Matilde Batalha concorrerá em 3.º lugar por opção própria. Temos muita pena que não seja ela a cabeça de lista à câmara, mas ela diz que está com uma vida profissional de tal forma assoberbada, que não tem a possibilidade de continuar, tendo feito até aqui, um sacrifício pessoal muito grande durante estes últimos anos. Reconhecemos o excelente trabalho ela que fez.

Temos boas perspetivas e temos bons candidatos.

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2 Thoughts to “Autárquicas 2021 | Mafra – Entrevista com Jorge Alcobia Pereira [PAN]”

  1. Camilo Soveral

    Eu acredito que o PAN nestas autárquicas vai mais longe em Mafra. Abraços Jorge Alcobia.

  2. Afonso Henriques

    Muita atenção ao Plano de Recuperação e Resiliência de Mafra. Inclui duas aberrações ambientais: uma central termoeléctrica a biomassa e uma central de dessalinização.
    Embora sejam investimentos absurdos no nosso concelho e de aprovação improvável demonstram o nível de ignorância ambiental e energético e da falta de respeito pela saúde dos munícipes, do actual executivo.

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