Em Mafra, com a nave da antiga fábrica de plásticos da Plasoeste completamente cheia, tendo a organização apontado para a participação de cerca de 2 000 apoiantes, decorreu ontem o tradicional jantar de campanha do PSD Mafra.
Os apoiantes distribuíram-se pelas respectivas freguesias ou uniões de freguesias, respondendo aos apelos do animador de serviço, António Galambas, também ele candidato, e responsável por um programa de opinião politica que há tempos passava na RCM, rádio que, em parceria com a Azul – Ericeira Mag – dois órgãos de comunicação social alojados em espaços municipais – irão entrevistar proximamente todos os candidatos que concorrem à presidência da câmara de Mafra.
Para além de António Galambas, presentes estiveram também muitas outras personalidades da vida politica, empresarial e cultural do concelho. Destacamos, José Cristo (Moticristo e CD Mafra), Lourenço Henriques (actor e produtor teatral, grupo Tema), João Mesquita (Bombeiros e Misericórdia de Mafra), Aníbal Silva (Misericórdia de Mafra), grupo de motards “Os Abóboras”, Adélia Antunes (Vice-Presidente do banco Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra), Nunes Forte (colaborador em dois jornais da imprensa local), Capitão João Amorim (GNR, ex-comandante do quartel de Mafra), André Rodrigues (Banda Juventude de Mafra), Ricardo Mestrinho (Bombeiros da Ericeira), Luís Corredoura (escritor), Manuel Castelo (Parque campismo Ericeira-GIATUL, Associação de Futebol de Lisboa).
Passos Coelho abriu as intervenções politicas deste muito participado jantar de apoio à candidatura de Hélder Silva à presidência da Câmara Municipal de Mafra. Focado sobretudo em temas de política nacional, o líder do PSD referiu ter sido o seu partido o verdadeiro responsável pelos sucessos económicos mais recentes do país, consubstanciados, nomeadamente, no facto de a Standard and Poor’s ter retirado ontem o país da notação de “lixo”. No final do seu discurso agradeceu a Hélder Silva a recepção de que foi alvo, referindo que “o trabalho que foi feito aqui resulta de uma grande liderança, mas também de uma grande equipa”, equipa à qual deixou “um cumprimento especial, amigo, do presidente do PSD [..] para que o partido tenha cada vez mais força na área metropolitana de Lisboa, o que significaria um futuro bem melhor para todos os portugueses e para todos os que vivem na área metropolitana”. Disse ainda que tenciona ser 1º ministro em 2019.
O discurso da noite coube, naturalmente, ao presidente recandidato, Hélder Sousa Silva, sempre o centro do espectáculo em que estas apresentações habitualmente se transformam. Num discurso exaustivamente preparado e muito bem informado, como é seu timbre, começou por agradecer a presença e as palavras do líder do seu partido, “saudando nele todos os órgãos do partido, pelo apoio prestado às equipas autárquicas do concelho de Mafra”. “O Dr. Pedro Passos Coelho é, para nós, uma referência de persistência e de tenacidade […] enquanto liderou os destinos do nosso país, bem haja por isso”
Virou-se depois para o concelho e para os objectivos políticos da sua recandidatura. Valorizou os seus esforços no equilíbrio das contas da autarquia, os benefícios da queda da taxa de desemprego no concelho, tornando-a na mais baixa da área metropolitana de Lisboa, o facto de, disse, Mafra ser o concelho mais seguro da AML, tornando o concelho num território mais atractivo, realçou também os benefícios da reabilitação urbana que esta administração levou a cabo ao longo do mandato. O impulso no turismo, o investimento na cultura, nos equipamentos escolares e na saúde, bem como a recuperação da rede viária, foram outros tantos factores positivos que, na visão do candidato, caracterizaram este seu primeiro mandato à frente da câmara de Mafra.
Em relação ao próximo mandato, reafirmou as linhas básicas já expressas em ocasiões anteriores, com um programa baseado em três vertentes – Preservar, Qualificar e Valorizar. “Assumimos o compromisso comum de manter o nosso concelho sempre a inovar”, sendo precisamente este, “Sempre a Inovar”, o tema base da campanha autárquica da candidatura do PSD em 2017.
O PSD parece preparar-se assim para ganhar mais estas eleições com maioria absoluta. A dúvida que subsiste parece ser a de saber se essa maioria terá mais ou menos votos do que a obtida em 2013 e se representará ou não, mais um vereador. Ao nível das freguesias, o maior partido da oposição conseguirá manter a única junta que lhe pertence? Conseguirá ganhar outra/s freguesia/s? A CDU manterá o seu vereador? O BE conseguirá eleger o seu cabeça de lista à Assembleia Municipal, e esta passará ou não a contar com um representante do PAN? A 1 de Outubro todas estas dúvidas se dissiparão.