As temperaturas da Península Ibérica vão aumentar de forma “muito preocupante” durante este século. O alerta é dado por um estudo da Universidade de Aveiro (UA), que prevê até 2100 aumentos da temperatura média de 2 a 3 graus ao longo de todo o ano, havendo mesmo regiões que poderão registar aumentos de 4 a 5 graus centígrados nas máximas diárias, o suficiente para causar grave impacto no meio ambiente.
“As implicações poderão ser enormes”, alerta o investigador David Carvalho, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, acrescentando que “o número de dias por ano com temperaturas máximas acima dos 40 graus centígrados poderão aumentar até cerca de 50 dias por ano no final deste século”.
A conclusão parece simples de deduzir, mas difícil de levar a cabo, passando fundamentalmente pela redução da emissão de gases. A emissão para a atmosfera de grandes quantidades de gases com efeito de estufa, como é o caso do dióxido de carbono e do metano “são as principais causas para o aumento de temperatura que estamos já a assistir, e que serão amplificadas nas próximas décadas”.
“O único caminho a seguir será gastar menos energia e recursos e ao mesmo tempo gerar a energia de que necessitámos sem emissão de gases com efeito de estufa”, resume David Carvalho.