A propósito do modelo de ensino à distância, a que atual situação pandémica obrigou a recorrer, “Após várias “lutas” por parte da nossa Associação de Pais”, a Associação de Pais da EB1/JI de Santo Estevão das Galés (Apaisseg) revela, ser “com muita tristeza que vemos que grande parte das turmas do nosso agrupamento não tem aulas através de vídeo conferência o que, na opinião da esmagadora maioria dos pais, é fundamental para uma boa aprendizagem […]”.
“a maioria das turmas do agrupamento e especificamente da escola de Santo Estêvão das Galés não vão ter aulas por videoconferência mas sim por chat” [Apaisseg]
Neste contexto, a “Apaisseg” decidiu fazer uma exposição que foi enviada a várias entidades nacionais, regionais e locais envolvidas na gestão do ensino, entre elas, o Ministro da Educação e o Presidente da Câmara Municipal de Mafra.
“Passada que está uma semana do início de um novo período de aulas não presenciais são muitas as preocupações que nos assolam e que por força das circunstâncias se agravam diariamente”, assim começa a exposição da “Apaisseg”, que a 29 de janeiro enviou uma exposição a este respeito, ao Presidente da Câmara Municipal de Mafra, ao vereador da educação da CMM, à Diretora do Agrupamento de Escolas da Venda do Pinheiro, à Presidente do Conselho Geral de Escola, à Presidente do Conselho Pedagógico e tambéma à Coordenadora da Escola EB1/JI de Santo Estêvão das Galés.
Nessa exposição dava a “Apaisseg” conta da “experiência de pais e alunos durante o primeiro confinamento e reuniu um conjunto de preocupações e sugestões que considerou imprescindíveis ter em conta na preparação de um novo período de ensino à distância”.
“Sabendo da resistência do Agrupamento de Escolas da Venda do Pinheiro em efetuarvideoconferências a APAISSEG efetuou uma recolha de opinião informal junto dos pais, da qual resultou que dos pais inquiridos 85,7% concorda com o recurso a videoconferências para execução do plano de ensino à distância“
Apesar da disponibilidade manifestada para encontrar soluções para o problema, a associação de pais afirma não ter sido convidada a participar, nem ter sido ouvida relativamente à elaboração do plano de ensino à distância da Escola, tendo verificado depois, que “a maioria das turmas do agrupamento e especificamente da escola de Santo Estêvão das Galés não vão ter aulas por videoconferência mas sim por chat, e que por isso se vêm privados de um recurso essencial à sua aprendizagem, em circunstâncias tao atípicas como as que vivemos, o que lamentamos profundamente”.
Nesta exposição refere-se, ser “imprescindível manter a igualdade de acesso a recursos e ao ensino para todas as crianças mesmo nestas circunstâncias tão adversas e especiais, pelo que não podemos aceitar que o Agrupamento de Escolas da Venda do Pinheiro seja a exceção num concelho e num país onde a grande maioria dos professores estão a recorrer às videoconferências, estamos, portanto, em contra corrente.
“Consideramos tremendamente injusto que não seja respeitado o princípio da equidade nos procedimentos aplicados e adotados no cumprimento do ensino à distância e tenhamos crianças tão pequenas e sem autonomia, a ter aulas com recurso a email e chat“
A Associação de Pais da EB1/JI de Santo Estevão das Galés pede depois que se garanta a uniformização na utilização da videoconferência com todas as turmas da escola, “Consideramos tremendamente injusto que não seja respeitado o princípio da equidade nos procedimentos aplicados e adotados no cumprimento do ensino à distância e tenhamos crianças tão pequenas e sem autonomia, a ter aulas com recurso a email e chat”, pode ler-se no texto da exposição.
As entidades públicas convidadas pelo Jornal de Mafra a pronunciar-se acerca deste caso, não o fizeram até à hora de publicação deste artigo.