Assinala-se hoje o dia Nacional das Linhas de Torres

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup]

Em outubro de 2014 a Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres.

“A criação do Dia Nacional das Linhas de Torres propõe ser uma justa homenagem à memória e resistência do povo português aliada à estratégia e engenharia militar (…) o espírito de sacrifício de todos aqueles que lutaram contra o invasor, fosse integrando o exército aliado, construindo as fortificações ou abandonando as suas casas e destruindo os seus bens, privando o exército invasor de se alimentar no terreno, mas, também, pondo em causa a subsistência dos compatriotas e o futuro do país.”

 

O que são as Linhas de Torres?
“As Linhas de Torres são um sistema militar defensivo erguido a norte de Lisboa, entre 1809 e 1810. No mais profundo secretismo, o futuro duque de Wellington, acompanhado pelo seu engenheiro principal, o Coronel Fletcher, por generais dos exércitos britânico e português e pelos mapas do Major Neves da Costa, concebeu uma estratégia de defesa que consistiu em fortificar pontos colocados no topo de colinas, controlando os caminhos para a capital do Reino e reforçando os obstáculos naturais do terreno. As obras de defesa estavam distribuídas ao longo de três linhas que se estendiam entre o oceano Atlântico e o rio Tejo”. Clit

 

  • Primeira Linha: com 46 km, ligava o rio Tejo, em Alhandra, à foz do rio Sizandro, em Torres Vedras, passando por Arruda e Sobral. As grandes obras avançadas do Alqueidão e de S. Vicente tinham por função bloquear as principais vias de acesso à capital portuguesa.
  • Segunda Linha: situada a 13 km a sul da anterior, com 40 km, ia de Vialonga até Ribamar, passando por Bucelas e Mafra.
  • Terceira Linha: com um perímetro de 3 Km, protegia o embarque das tropas britânicas, em caso de retirada. Seguia o percurso de Paço de Arcos às Torres da Junqueira.

Depois de concluídas as Linhas de Torres eram constituídas por 152 obras militares, armadas com 600 peças de artilharia e defendidas por cerca de 140 000 homens, ao longo de mais de 85 km.

O conjunto de fortificações das Linhas de Torres Vedras terá sido o sistema de defesa mais eficaz e o mais barato da história militar, tendo o custo da sua construção rondado as 100 000 libras.

Em março deste ano, um conjunto de fortificações das Linhas de Torres Vedras, 114 das 128 estruturas militares, foram declaradas património nacional pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
Esta classificação, que inclui fortes e estradas militares, pretende contribuir para a salvaguarda deste património histórico, incluindo a constituição e uma zona especial de proteção destinada a proteger destas estruturas”.

 

Partilhe o Artigo

Leia também