Olga Maria Nicolis di Robilant nasceu em Turim a 17 de janeiro de 1900, filha de Edmondo Nicolis, conde de Robilant e Ceraglio, e de Valentina, condessa de Mocenigo.
Descendente de uma família aristocrata de Itália, viveu durante a infância e juventude em Florença e em Veneza, cidades onde recebeu “ensinamento e esmeradíssima educação”.
Durante a Primeira Guerra Mundial foi enfermeira radiologista, altura em que conheceu D. António Caetano Álvares Pereira de Melo, marquês honorário de Cadaval, com quem veio a casar em 5 de julho de 1926, em Veneza.
O casal, António Caetano Álvares Pereira de Melo e Olga Maria Nicolis di Robilant Álvares Pereira de Melo, marquesa do Cadaval, estabeleceu-se em Colares, na Quinta da Piedade, em 1929.
A marquesa do Cadaval foi responsável pela recuperação do património da família portuguesa em Sintra e noutras propriedades.
Conhecido o seu gosto pela música, com um especial interesse pelo piano, foi presidente da Sociedade de Concertos, através da qual fez chegar a Lisboa músicos de renome mundial para concertos inesquecíveis.
A sua vida ficou marcada pelo mecenato que exerceu em relação a jovens artistas e sobre o Festival de Música de Sintra.
Foi uma personalidade marcante na vida portuguesa do século XX, especialmente na cultura.
Mulher de excecionais qualidades humanas e artísticas, foi Mãe de duas filhas, ficou viúva em 1939 e faleceu a 21 de dezembro de 1996.
No ano 2000, o Executivo Municipal de Sintra, terra que muito amou e onde viveu parte da sua vida, prestou-lhe homenagem atribuindo o seu nome ao recém-remodelado Cine-Teatro Carlos Manuel.
Realiza-se hoje, no dia em que se assinala o 120º Aniversário do nascimento da Marquesa de Cadaval, figura incontornável na promoção da cultura em Sintra, um concerto de homenagem.
[Imagem: CMS]