Segundo informação difundida pela agência Lusa, replicada pelo matutino Correio da Manhã e pela RTP (que acompanhou o primeiro ministro a partir de Lisboa), hoje, no dia em que entraram em vigor, na Área Metropolitana de Lisboa, os novos passes de transporte, com um valor máximo de 40€, o primeiro-ministro, António Costa, viajou de transportes públicos entre a Ericeira e Setúbal.
A viagem iniciou-se pelas 07h30, na Ericeira, onde António Costa apanhou o autocarro com destino ao Campo Grande, acompanhado por autarcas locais. Uma vez na capital, apanhou o metro até à Estação de Entrecampos, seguindo depois de comboio na direção de Setúbal.
[imagem de arquivo]
Nota do diretor
Embora a imprensa nacional tenha tido acesso à nota de agenda do primeiro ministro (tendo acompanhado a visita), referente a esta iniciativa, o mesmo não se passou com a imprensa local.
As dificuldades que a imprensa local/regional sente são já suficientemente gravosas, não havendo necessidade de tornar o nosso trabalho ainda mais difícil, discriminando-nos (não ao JM, mas à imprensa local/regional), tornando o nosso direito de informar, num constante exercício de adivinhação, ou então, numa corrida atrás de factos consumados, como foi o caso.
A visita (viagem) do primeiro ministro foi acompanhada – entre a Ericeira e Lisboa – pelo presidente da câmara municipal de Mafra, por alguns vereadores e por alguns deputados municipais, sendo que nenhuma destas entidades deu disso nota à comunicação social. Poderá, aqui, alegar-se que a iniciativa foi do primeiro ministro, cabendo o seu anúncio ao seu gabinete, embora sendo verdade que a nível local, a informação de agenda é um mecanismo quase desconhecido (ou convenientemente utilizado) do poder local.
Nestas circunstâncias, vai o Jornal de Mafra apresentar um protesto junto do Gabinete do Primeiro Ministro.
O poder central, pelo menos ele, não devia discriminar órgãos de comunicação social relativamente ao acesso à informação. Aproveitaremos também para sensibilizar o primeiro ministro, relativamente às dificuldades, que nesta área, desde sempre sentimos, no concelho onde exercemos, com imensas dificuldades, a nossa atividade informativa.